Carlo Ancelotti chega com duas missões: salvar a seleção e Ednaldo
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Ednaldo Rodrigues conseguiu! Parabéns! Não era simples contratar Carlo Ancelotti, houve momentos em que parecia ser mais viável ver boitatá e mula sem cabeça passando à nossa frente, e Ancelotti se sentará no banco de reservas do Brasil contra Equador e Paraguai, em junho.
A questão é que o tiro certo para a seleção será também uma bala de prata em sua tentativa de se manter no comando da CBF, depois da acusação de fraude na assinatura do coronel Antônio Carlos Nunes, no processo de homologação de sua eleição, em 2022.
À parte a investigação pedida pelo STF, a seleção ganha muito com o treinador cinco vezes campeão da Champions League.
Carlo Ancelotti não é um revolucionário, como Guardiola.
E, mesmo assim, é o mais vencedor treinador da história do Real Madrid, do Milan e da Europa.
Ninguém conquistou, como ele, as cinco principais ligas. Campeão italiano pelo Milan em 2004, inglês pelo Chelsea em 2010, francês pelo Paris Saint-Germain, em 2013, alemão pelo Bayern em 2017, espanhol pelo Real Madrid em 2022 e 2024.
Sua grande capacidade é de liderar jogadores de todos os tipos. Estrelas como Shevchenko e Cristiano Ronaldo, jovens chegando ao estrelato como Kaká e Vinicius Júnior, jogadores médios que se tornam relevantes, como Gattuso.
Por vezes chamado de defensivo, teve por sete temporadas o recorde do melhor ataque do futebol inglês, com os 103 gols anotados com seu Chelsea, campeão em 2010. O Manchester City chegou aos 106 em 2018.
Orientado para ser o mestre da marcação por zona, Arrigo Sacchi, de quem foi assistente técnico na Copa do Mundo de 1994, sabe usar o pressing e a marcação individualizada que volta à moda nestes últimos tempos.
Não termina no Real Madrid em sua melhor temporada, com quatro derrotas em quatro clássicos oficiais contra o Barcelona.
Agora busca outro recorde: ser o primeiro técnico estrangeiro a ganhar uma Copa do Mundo por uma seleção que não seja a do seu país.
Vai dar certo se tiver respaldo. Eis o grande ponto.
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