Vexame e poucas opções entre técnicos bons deixam CBF em sinuca de bico
Em dois meses, o Brasil levou duas goleadas da Argentina, sofreu dez gols e marcou só um. Foram 6 x 0 na estreia do Sul-Americano sub-20, em 24 de janeiro. No dia 25 de março, 4 x 1 com a equipe principal. A sucessão de vexames em três anos de gestão produziu a maior goleada sofrida nas eliminatórias, a mais dura para o grande rival desde 1959, quando um combinado de jogadores dos clubes pernambucanos representava o Brasil.
Ednaldo Rodrigues saiu do Monumental de Núñez com a promessa de se pronunciar nesta quarta-feira. É possível que não o faça pela falta de opções do mercado brasileiro e pela falta de confiança dos treinadores bons que a CBF gostaria de contratar.
No Flamengo, há a certeza de que Filipe Luís não aceitaria nem sequer conversar sobre o futuro na seleção brasileira. Carlo Ancelotti renovou seu contrato com o Real Madrid até junho de 2026.
Não dá para refilmar esta novela. Não vale tudo.
Abel Ferreira não deixará o Palmeiras antes do Mundial de Clubes, com início marcado para cinco dias depois do fim da próxima data Fifa, jogos contra o Equador, em Quito, e Paraguai, em casa.
Restam treinadores como Renato Gaúcho e Rogério Ceni. Mas trocar Dorival, que não está dando certo, por outro treinador que já começará sob desconfiança, poderá servir apenas para trocar o nome, não para solucionar a crise.
Jorge Jesus aceitaria na hora, mas não é a preferência do presidente da CBF e dificilmente teria condição de aceitar o convite antes do Mundial de Clubes, por seu compromisso com o Al Hilal.
Ednaldo está pressionado a demitir Dorival Júnior e, ao mesmo tempo, não pode trocar o treinador sem ter um novo nome para o comando.
Ele pode sair da sinuca de bico que criou para si mesmo se contratar alguém. Mas já há comentários de que pode esperar junho, pelos jogos contra Equador e Paraguai.
O Brasil aguarda ansiosamente pela entrevista coletiva do presidente da CBF.
Opinião
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