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Porrada em nós! Argentina caçava um clique a cada ataque

O Brasil não perdia para a Argentina por três gols de diferença desde 1964. Não caía por 4 x 1 desde 1959, quando este ex-país do futebol era representado por um time pernambucano.

Parabéns a todos os envolvidos! Raphinha e até Romário incluídos. Enquanto caçavam cliques, a Argentina caçava gols.

Se alguém não viu o baile, foi a defesa brasileira, envolvida e humilhada. Diga-se, seu meio-de-campo.

E Raphinha? Só viu mesmo Otamendi abrindo e fechando sua mão esquerda dizendo que o atacante brasileiro e do Barcelona fala muito.

A conversa da quinta série com Romário, além de não privilegiar vida inteligente nesta Terra, aumentou a pressão sobre o Brasil e o tamanho do vexame.

Romário é um monstro de jogador, dono de uma das maiores glórias da história deste ex-país do futebol, o tetra, mas também passou vexames como o de Raphinha. Estava na derrota por 4 x 0 para o Chile, na Copa América de 1987. Na Argentina, só que em Córdoba.

A seleção brasileira levou o primeiro gol, passe de Almada para Julián Álvarez, aos 3 minutos. O segundo gol mais rápido da história do clássico, em Buenos Aires — Ayala marcou contra os argentinos, a favor do Brasil, em 2001. Aos 7 minutos, o primeiro canto de "Olé" nas arquibancadas do Monumental de Nuñez.

O Brasil estava na roda.

Aos 12, gol de Enzo Fernández, passe de Molina. Aos 15, novo canto de "Olé!". Aos 26 minutos, individualmente Matheus Cunha resolveu roubar a bola de Romero e chutar de fora da área. Diminuiu para 2 x 1, mas a angústia da seleção voltou aos 37, linda jogada de Enzo Fernández para gol de MacAllister.

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Dorival Júnior mexeu mal no intervalo. Deixou Raphinha com cartão amarelo em campo. Como se fosse castigo, por ter sido o causador da fúria celeste e branca. Colocou João Gomes, em vez de Éderson, muito mais competente nos últimos meses. Escalou Endrick, numa evidente contradição. Se antes o time precisava de posse de bola e, por isso, não devia ter Endrick, precisava de que para evitar sofrer uma goleada? Da bola. Vai, Endrick! Avanti! Resolva!

Não ia resolver sozinho, porque o meio de campo seguiu com atuação absolutamente nula. Não é impossível ter quatro atacantes e montar um 4-4-2 compacto. O ponto é que a seleção se espalhou, desorganizou-se, olhou a Argentina chegar ao quarto gol e à maior goleada desde 1940 sobre a seleção com um gol de Giuliano Simeone.

É a maior vergonha desde o 7 x 1. Aquela segue inigualável, mas a expectativa era de não cair mais num nível tão ridículo.

Porrada em nós!

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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