A virada da seleção sub-20 precisa servir de lição para o Brasil
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A seleção sub-20 virou o jogo. Mesmo que se diga que o desempenho foi ruim, que o futebol foi feio.
Virou!
Dos 0 x 6 para a Argentina à vitória final contra o Chile, com a chegada do primeiro diretor da seleção principal a um torneio de base, Rodrigo Caetano, que desembarcou na Venezuela antes do final da primeira fase.
Ninguém dirá isso, mas Rodrigo Caetano foi em missão emergencial.
A emergência não era a derrota para a Argentina. A emergência é a falta de um projeto nacional.
O Palmeiras é campeão brasileiro sub-20 e não libera nenhum jogador, igual ao São Paulo, vencedor da Copa do Brasil da categoria.
Ah, mas precisam de seus atletas, por vezes até no time principal. É verdade. Daí ser necessário organização para que não sejam apenas os clubes endividados a permitirem que seus jogadores atuem pelas seleções nacionais. Caso do Corinthians e de Bidon.
Se o Brasil é o único país com jogadores em todas as finais de Champions League desde 2000, é óbvio que tem talento para evitar uma derrota por 0 x 6 para a Argentina.
Mas perdeu.
O caso da seleção principal é semelhante. Há uma crise mais de falta de respaldo ao trabalho, de falta de confiança nas decisões logísticas da cúpula, do que de talento. Se o presidente da CBF chega à Copa América atrasado e manda desfazer a logística já montada, que jogador irá respeitar o trabalho de seus chefes?
A crise da seleção sub-20 é simbólica para a seleção principal.
Ou a cúpula da CBF dá respaldo para o trabalho da comissão técnica e coordenação da seleção, ou o trabalho vai minguar.
Os jogos contra Argentina e Colômbia não podem ser testes. Têm de ser o reinício da confiança dos jogadores num vestiário fechado e determinado a ganhar a Copa do Mundo. E possível. Mas depende da gestão que a torcida não vê. Depende da direção da CBF.
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