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OpiniãoEsporte

Jogar cabeça de porco no estádio é desperdício, não ofensa

Faz 39 anos que o Palmeiras e sua torcida assumiram o porco como mascote.

As arquibancadas gritam: "Porcôôô!", "Festa no Chiqueiro", e tudo que se relaciona com o bichinho.

Um antigo — e bom presidente — tem toda sua casa decorada com porcos. Até o túnel de acesso ao campo do Allianz Parque é um porco, dependendo do campeonato.

Por que raios um corintiano gasta R$ 40 para comprar uma cabeça de porco e desperdiçá-la, como fez Osni Fernando Luiz, o Osni Cicatriz, que desperdiçou a iguaria em Itaquera, em novembro, e compartilhou a imagem da manhã desta quinta-feira em suas redes sociais.

Uma cabeça de porco pode custar caro no Mercado Municipal, dá para fazer receitas a serem degustadas em "A Casa do Porco", um dos melhores restaurantes da América do Sul, no centro de São Paulo, ou fazer um "Queijo de Cabeça", como se faz na China.

Se a cabeça de qualquer torcedor uniformizado tiver cérebro, dá para fazer um monte de coisas.

Gastar R$ 40 por uma cabeça de porco e jogá-la na rua, em frente ao estádio, é desperdiçar comida, pecado mortal num país em que tanta gente passa necessidade.

Tem sócio-torcedor que vai ao Allianz Parque na noite desta quinta-feira e só gastará R$ 36,50 para ver o jogo, na média do que pagam os detentores do plano ouro, que dá acesso ao gol norte ou lugares semelhantes na ausência do setor.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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