Clubes da Série B veem-se parte da Liga Forte e contratos podem render mais
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O presidente do Avaí, Júlio Heerdt, comemorou a assinatura do contrato de TV da Liga Forte União com a Rede Globo.
Ele é um dos que afirmam que o acordo renderá R$ 850 milhões na média dos cinco anos de contrato, com variações dependendo do número de clubes na Primeira Divisão e dos ganhos no sistema pay-per-view, o canal Premiere, que só seguirá existindo por causa do contrato entre Rede Globo e LFU.
Mas o ponto principal é a participação no acordo.
Assim que foi assinada a parceria entre Liga Forte União e Rede Globo, por R$ 850 milhões, totalizando R$ 1,7 bilhão na soma do que já estava assinado com Record TV, Google e Amazon Prime, um documento circulou em redes de WhatsApp com informações de que os clubes da Liga Forte ganharão menos, porque a destinarão à Série B 15% do total, em vez de 3% da Libra.
A conta não faz sentido, porque a LFU segue negociando direitos para seus parceiros que, atualmente, estão na Segunda Divisão.
Mas indica a razão de os times da Série B estarem felizes com o contrato com a Liga Forte: sentem-se representados.
"Nós ainda estamos negociando o acordo da Série B, que pode chegar a R$ 300 milhões, o que cobre os 15% da distribuição", diz Júlio Heerdt.
O presidente do Avaí não se refere à distribuição do contrato de TV, mas à possibilidade de ter acesso a este valor na soma de naming rights, direitos televisivos e placas de publicidade.
O ponto aqui não é a grana, mas sentir-se parte de uma Liga.
Depois dos contratos assinados, o que passa a estar em jogo é a capacidade de unir os dois blocos comerciais e fundar, finalmente, uma única Liga, capaz de administrar o futebol brasileiro do ponto de vista econômico.
Não dá mais para pensar em quem ganhou e quem perdeu, embora seja óbvio que a concorrência fez o Brasileirão subir 33% de valor, de R$ 2,1 bilhão para R$ 2,8 bilhões, na soma dos acordos de Libra com Rede Globo e de Liga Forte União com Rede Globo, Record TV, Amazon Prime e Google. Até para quem eventualmente não confie no depoimento de Marcelo Paz e julgue que o valor foi de R$ 1,5 bi, em vez de R$ 1,7 bi, a subida de valor seria de 25%.
Mais concorrência, mais ganho para os clubes.
É por isso que todos anseiam por todos se sentarem à mesa juntos.
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