A pressa nasce em janeiro e pode estragar o ano inteiro em fevereiro

Parabéns ao Flamengo!
É sempre justo comemorar um troféu, especialmente quando há sinais tão positivos do trabalho inicial de Filipe Luís.
São 18 jogos, só uma derrota, dois títulos. Desde Jorge Jesus, ninguém podia se orgulhar de ter mais troféus do que derrotas.
Além disso, ele fala a verdade, olha nos olhos, tem um futuro estupendo pela frente.
O presente é uma taça, um torneio festivo, abertura da temporada nacional.
É isso o que a Supercopa significa no mundo todo.
Por exemplo, na Inglaterra, desde 2018 o vencedor da Community Shield, a Supercopa inglesa, não ganha o campeonato. O vencedor da atual temporada, o Manchester City, está em quarto lugar e levou a maior goleada da trajetória de Guardiola, 1 x 5 do Arsenal.
No Brasil, o vencedor da Supercopa nunca ganhou a Libertadores na mesma temporada e só venceu o Brasileirão duas vezes: Flamengo 2020 e Palmeiras 2023.
Sempre é melhor ganhar do que perder. Sempre vale a festa.
Só não vale a pressa, que começa na torcida, mas também na imprensa.
Já se fala que John Textor alimenta o chororô. Nada a ver. Ele só disse que Supercopa não é objetivo da temporada. Não é mesmo.
O Fluminense é a bola da vez. Criticadíssimo pela chance iminente de eliminação no Campeonato Carioca, pode fazer nos dois primeiros meses do ano exatamente o que o Botafogo realizou no ano passado.
A prioridade nunca é o campeonato estadual e, mesmo assim, ai de quem não passar perto de vencê-lo.
Calma!
O mundo não começa, nem acaba, junto com janeiro.
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