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OpiniãoEsporte

Violência no Clássico das Multidões do Recife é questão de Estado

A batalha nas ruas do Recife, entre vândalos vestidos com uniformes do Santa Cruz e bárbaros trajados com camisas do Sport, aconteceu a 4,7 km do estádio do Arruda, onde o Santa venceu o Clássico das Multidões por 1 x 0. Aconteceu três dias antes de o Sport receber o Fortaleza, na Ilha do Retiro, roteiro idêntico ao que ocorreu há um ano, quando a Torcida Jovem, do Rubro-Negro, atacou o ônibus com os jogadores do Tricolor do Pici.

O atentado ao ônibus do Fortaleza foi em 22 de fevereiro. Em 15 de março, três suspeitos foram presos. Já em 21 de maio, sete foram soltos. No ato da prisão, 18 dias depois do crime, a Polícia Civil divulgou nota oficial e afirmou:

"O objetivo é identificar e desarticular associação criminosa voltada à prática dos crimes de tentativa de homicídio, provocação de tumulto e dano."

E o que aconteceu menos de um ano depois, no Recife, especialmente a partir da rua Real da Torre, no bairro Madalena, foi exatamente a repetição: tentativa de homicídio. Ou alguém descreverá de outra maneira um ser humano vestido com qualquer camisa tentando enfiar uma barra de ferro no corpo de outro ser humano?

Há uma semana, aconteceu situação semelhante na avenida Marquês de São Vicente, a 11 quilômetros do Morumbi, onde jogaram São Paulo x Corinthians, pelo Paulistão. Dentro do estádio, havia 54.800 espectadores. No Arruda, 27 mil.

O perigo não está nas arquibancadas, apenas. Está nas ruas das cidades, o que torna questão de Estado desbaratar gangues de bandidos disfarçados de torcedores.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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