Paulista começa com mais dinheiro e times da Série A. Carioca, Libertadores

Tite tinha razão e o estadual do Rio de Janeiro é melhor do que o de São Paulo?
Que me desculpem, mas o estadual que se inicia nesta quarta-feira com Noroeste x Velo Clube tem mais qualidade e, sobretudo, menos defeitos do que o iniciado no sábado com Botafogo 0 x 2 Maricá.
Não se trata da inegável qualidade dos três últimos campeões da Libertadores. O Rio de Janeiro tem o Flamengo de 2022, o Fluminense de 2023 e o Botafogo de 2024, todos com troféus continentais nas mãos.
Mas há idiossincrasias nunca corrigidas pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ). Por exemplo, Nova Iguaçu 1 x 1 Vasco com mando do time da Baixada no estádio de seu rival, São Januário. Ou o Fluminense mandando jogo contra o Sampaio Corrêa em Bangu, com péssimas condições de gramado e iluminação.
O Paulista melhorou nos últimos dez anos e terá seis dos vinte clubes da Série A: Bragantino, Corinthians, Mirassol, Palmeiras, Santos e São Paulo. No ano passado, havia empate quatro a quatro com o Carioca.
Os gramados do Brasileirão, há anos, estão divididos entre os naturais, os sintéticos e os esburacados. O Paulista tem bons campos naturais em Bragança Paulista, Mirassol, Novo Horizonte e Campinas, especialmente Brinco de Ouro. Também em Itaquera, Morumbi e Vila Belmiro, apesar da piora em Santos nos últimos tempos.
A média de público do Paulista atingiu 12.700 espectadores e o número é crível, diferente de quando Eduardo José Farah vendia a bilheteria para o Vale Refeição e contabilizava mais de 20 mil falsos espectadores. O que alavanca a média do Estadual do Rio é o Maracanã e o Flamengo, mas o número despenca com a contabilidade dos jogos em Saquarema e Moça Bonita.
A disputa dos estaduais continua merecendo ser mais "quem é pior" do que "quem é melhor." Mas São Paulo apresenta mais trabalho consistente de desenvolvimento do interior e distribuição de dinheiro. Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo arrecadam mais de R$ 40 milhões, os pequenos perto de R$ 12 milhões. Os campeões da Libertadores precisam esperar pelo fim do estadual para começarem a arrecadar o dinheiro justo. Até mesmo o Flamengo, dono da maior receita do futebol brasileiro, seria mais rico se passasse menos tempo na competição de seu Estado.
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