Gabigol foi craque de mídia e egoísmo e será parte do resgate do Cruzeiro
Gabigol escolheu a dedo a oportunidade de anunciar sua saída do Flamengo.
Foi egoísta, não teve nenhum cuidado em preservar o momento de festa rubro-negra.
Nenhuma surpresa.
Também falou sobre a falta de respeito de Tite por seu trabalho, o que pode ser parte do cardápio deste ano na Gávea, mas que o bom uso dos olhos nos olhos recomenda se dizer enquanto o problema está à sua frente. Não depois, quase pelas costas.
As observações sobre seu comportamento na saída não excluem a reflexão sobre o futuro.
Gabriel representará para o Cruzeiro, de Alexandre Mattos, o que a contratação de Dudu representou para o Palmeiras, em 2015. Fenômeno de mídia, contratação pesada, que eleva a autoestima na chegada.
Mais importante do que a certeza de Gabigol para 2025 será a conquista da Copa Sul-Americana, se vier.
Será o primeiro troféu depois da maior crise institucional de qualquer clube do Brasil, na primeira final continental em 15 anos, exatamente como aconteceu em 1991, com a Supercopa Libertadores, plataforma de relançamento cruzeirense depois de uma década e meia sem conquistas nacionais nem internacionais.
Vale mais ir ao aeroporto para receber um time campeão do que um craque com perspectiva de ser ídolo.
No caso de Gabigol, perspectiva. Ele não jogou bem nem em 2023, nem em 2024, e o Cruzeiro paga para vê-lo jogar o que pôde entre 2019 e 2022. Vai pagar pelo craque das finais da Libertadores, embora ele não tenha se demonstrado assim nos últimos dois anos.
Há motivos para acreditar que Gabigol será ídolo no Mineirão. Tem 28 anos e acaba de ser o jogador mais decisivo da final da Copa do Brasil. Mesmo jogando mal os primeiros 45 minutos da decisão em Belo Horizonte e substituído depois disso.
Certeza não existe. Mas é uma aposta importante para o novo Cruzeiro ser protagonista a partir do ano que vem.
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