A semifinal da classificação do Atlético vista de dentro do Monumental
River Plate x Atlético começou com quinze minutos de atraso pela falta de segurança do Atlético para sair de seu hotel, em frente ao Obelisco, centro de Buenos Aires. O trajeto de nove quilômetros foi percorrido em mais de uma hora e fez a semifinal de Nunez entrar na estatística junto com Botafogp x Peñarol, de atraso no jogo de ida e mudança de estádio na volta.
De fora a dentro do Monumental, hoje o maior palco da América do Sul, o River decidiu acreditar. Era impressionante por todo o caminho, cerca de três quilômetros a pé, só se ouvia: "Hoy te vení alentar, para ser campeón, hoy a que ganar". Aumentava o volume a cada vez que a locutora do Monumental dizia: "O jogo está atrasado em quinze minutos e começará às 21h45."
Então surgiu uma nuvem de fumaça produzida por fogos de artifício e deu a impressão de que a partida seria adiada ainda mais. Que fumaça! Parecia reveillon em Copacabana. Pelo formato do estádio, mais aberto, a fumaça se dissipou mais rapidamente do que na Arena MRV, semana passada. Mas o River será multado.
Com toda a pressão, a marcação individual imposta por Gabriel Milito funcionou muito bem. Mesmo com chances de Borja, duas vezes, dois chutes de longe de Kranevitter, a mudança tática de Gallardo, que trocou o 3-4-2-1 pelo 4-2-3-1, Colidio pela faixa central.
Só Junior Alonso sobrava, com Battaglia sobre Borja, Lyanco com Meza, Arana com Solari, Fausto Vera pegando Colidio, Alan Franco a Santiago Simon, Paulinho voltando com Bustos, Scarpa sem desgrudar de Marcos Acuña.
Essa versão visitante do Galo brilha menos, sofre mais e é competitiva. Meteu bola na trave com Scarpa e conseguiu mais contra-ataques no segundo tempo.
Provavelmente será vista na final, se confirmada contra o Botafogo.
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