Boa resposta de Abel sobre Dudu não significa que relação não tenha ruídos
Abel Ferreira foi claro e objetivo sobre Dudu; não há problema entre os dois.
Mas toda relação, pessoal ou profissional, tem dois lados. Abel não ter problema com Dudu não significa que não exista algum ruído de comunicação ou sentimento de falta de atenção do outro lado.
Trata-se, outra vez, da cultura do mimo nos vestiários brasileiros.
Dudu é um personagem especial na história recente do Palmeiras. Representa a era de vitórias, desde 2015, mais do que a Crefisa.
A lógica dos clubes brasileiros é bajular estrelas. Abel não bajula, trabalha.
Os primeiros sinais de que Dudu não estava feliz foram percebidos pelo mercado de técnicos e dirigentes nas finais do Campeonato Paulista.
Em conversa particular, o treinador do Athletico Paranaense, Cuca, citou que Dudu não tinha entrado na festa do título estadual, em abril.
Na ocasião, o ídolo foi barrado por fiscais da Federação Paulista, por não estar com sua credencial para entrar no gramado. Funcionários do Palmeiras ofereceram as suas, mas Dudu preferiu não subir ao campo, incomodado com o esquecimento do documento.
O episódio fez Cuca comentar com dirigentes com os quais trabalhou: "Dudu não está feliz." O Athletico pensou em contratá-lo, mas a proposta não avançou. Alexandre Mattos conhece bem Dudu. Aos primeiros sinais, como da premiação do Paulista, perguntou se algo estava acontecendo. Parecia ser uma oportunidade, que se confirmou com o pedido do jogador para deixar o Parque Antarctica.
Não há razão para mágoa na relação com Abel. O que não significa que Dudu não sinta falta de ser mais acarinhado, paparicado mesmo.
Abel não faz nada de errado na relação com os jogadores. Apenas é profissional. Comportamento que jogadores brasileiros aceitam perfeitamente quando saem do Brasil, mas que nem todos se acostumam quando estão em seus próprios ambientes.
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