Brasileirão segue firme para ter maior público da história do país

Além do maior público do Brasil em 2023, registrado em Flamengo 1 x 0 Vasco, a 28a rodada teve o Bahia com 43 mil pagantes contra o Fortaleza, o Atlético perdeu do Cruzeiro diante de 42 mil espectadores e o Corinthians levou 37 mil a Itaquera, apesar de estar no 15o lugar no campeonato.

A méida de público do Brasileirão está em 26.451 torcedores por jogo.

O aumento é de 15% em relação ao recorde da hsitória do país, registrado quarenta anos atrás.

Em 1983, 22.953. Hoje, quase quatro mil pessoas a mais.

O fenômeno é ainda mais curioso levando em conta a ideia espalhada há dez anos de que há um processo de elitização do futebol.

O torcedor, aparentemente, descobre que há maneiras de pagar ingresso a preço justo, porque a população não está mais rica.

Há uma série de fatores para o crescimento de público. O principal, a difusão dos planos de sócios torcedores.

Dependendo do clube, a prioridade é de quem vai mais vezes ao estádio. Razão pela qual um torcedor do Palmeiras que paga R$ 144 por mês por seu plano e tem 100% de desconto em todos os ingressos com preferência na pré-venda se comparecer a 80% dos jogos pode ter entrado no Allianz Parque por R$ 36 na semifinal da Libertadores — R$ 144 dividido pelos quatro jogos do mês.

Evidente que nem toda a população tem acesso a cartão de crédito.

Mesmo assim, impressiona perceber que há 15% mais gente no estádio do que há quarenta anos, data do recorde, quando imagina-se que o ingresso era barato.

Mesmo naquele ano, o bilhete para a final Flamengo 3 x 0 Santos custou 40% mais caro do que nas quartas-de-final.

Ou seja, também se esfolava a população mais pobre na hora dos melhores jogos.

Naquele ano, Flamengo 3 x 0 Santos registrou o maior público da história do Campeonato Brasileiro: 155 mil pagantes.

O rubro-negro também jogou para 6.864 torcedores contra o Tiradentes, numa época em que o Maracanã tinha 200 mil lugares.