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Posse de Bola

Mancini quer ser mais do que "só" o novo técnico do Corinthians

Técnico Vagner Mancini  - Marcello Zambrana/AGIF
Técnico Vagner Mancini Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Colunista do UOL

12/10/2020 11h57

Existem os convites irresistíveis. E no futebol esses convites vão além do dinheiro. Comandar o Corinthians, o Flamengo, o São Paulo, o Palmeiras, por exemplo... Comandar os gigantes. Vagner Mancini não titubeou ao trocar o Atlético-GO pelo Corinthians, mesmo com o clube na zona do rebaixamento, em crise financeira e com eleição presidencial à vista para os próximos meses; o que diminui sua garantia - assinou contrato até o fim de 2021.

O principal motivo do sim de Mancini, porém, vai além da missão de, como técnico corintiano, tirar o time do buraco em que se enfiou. Mancini há tempos diz que não quer ser mais apenas um treinador de futebol. Almeja ser supervisor, coordenador técnico, gerente, aquele cara que na verdade participa da escolha de um técnico.

Já conseguiu isso por algum tempo no São Paulo, trabalhando com Cuca. Saiu quando a direção decidiu pela escolha de Fernando Diniz sem consulta-lo. Ele não queria ser exatamente o substituto. Mas sim participar efetivamente dessa decisão.

Fez uma segunda tentativa, essa até mais parecida com o momento que vai viver no Corinthians. Aceitou o convite do Atlético-MG no fim do Brasileirão passado. Para finalizar a temporada como técnico tampão e iniciar a próxima como "gestor". Quebrou a cara de novo. Não ficou nem como treinador e nem como gerente.

Sem convites para a nova função, aceitou ser o treinador do Atlético-GO com poderes amplos. E aí surgiu o Corinthians.
Mancini dá uma nova cartada, talvez até pactuada com Andres Sanchez. Encerrar dignamente a temporada como técnico de campo e ser "promovido" em 2021 pelo novo presidente, se a situação conseguir fazer o sucessor.

Não deu no São Paulo. Não deu no Atlético-MG. Vai dar no Corinthians? (Por Arnaldo Ribeiro)