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Posse de Bola

VAR transformou Brasileirão em um novo esporte

Wilton Pereira Sampaio faz consulta ao VAR durante Santos x Flamengo - Fernanda Luz/AGIF
Wilton Pereira Sampaio faz consulta ao VAR durante Santos x Flamengo Imagem: Fernanda Luz/AGIF

Colunista do UOL

10/09/2020 11h19

Máximo benefício, mínima interferência. O VAR surgiu no futebol com esse mantra. Mas o Brasileirão 2020, no assustador combo CBF+arbitragem ruim+tecnologia "duvidosa", está conseguindo inverter o dogma. Já pode ser considerado o campeonato da máxima interferência e do mínimo benefício.

Ver um jogo do Brasileirão hoje é um desafio para os amantes do esporte; quase um suplício.

A principal sequela: os jogadores e os torcedores perderam o direito de comemorar um gol, momento do clímax do jogo. Sem essa premissa, já estamos falando de um outro jogo, de um outro esporte. Podem rebatizar o futebol no Brasil.

Comandados por Leonardo Gaciba, um ex-árbitro e ex-comentarista de arbitragem "intervencionista", os árbitros de campo e de VAR viraram os protagonistas, com toda a insegurança e incapacidade que demonstram. Cada jogo mais parece um congresso de incompetentes - digno de quadro do Monty Python.

E não me venham dizer que não são profissionais. Árbitro de série A no Brasil chega a faturar cerca de 30 mil reais por mês. Mais: você já percebeu a quantidade de gente envolvida numa partida, entre representantes do campo e da cabine? Cada escala tem 9 pessoas envolvidas. Eu disse 9! É quase um terceiro time...

Características principais do Brasileirão do VAR 2020

  • Demora absurda na tomada de decisões
  • Exagero na consulta e procura por "pelo em ovo""
  • Impedimento virou lance interpretativo
  • Enxurrada de penalidades

É um outro esporte. Nem nos EUA faria sucesso. A comparação do Brasileiro com a Liga das Nações, competição de seleções na Europa, ou até mesmo com a Série B daqui é um escárnio. Sugiro que você assista uma dessas partidas e tire suas conclusões.

O Brasileirão do VAR, comandado pelo senhor Gaciba, é um outro esporte definitivamente. Eu não gosto. E você? (Por Arnaldo Ribeiro)