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Posse de Bola

Sem Daniel Alves, não existe o São Paulo de Diniz

Daniel Alves é hoje o jogador mais importante para um time no Brasil, considerando as principais equipes do país. Dentro e fora de campo.

Dentro, o Tricolor depende muito de seu meia para caminhar. Toda a construção do jogo são-paulino envolve Daniel Alves.

Quando se assiste a uma partida do time de Diniz do estádio isso fica ainda mais claro. Daniel Alves é o jogador que a maioria das vezes pega a bola entre os zagueiros para iniciar as jogadas e logo depois é visto no campo de ataque, seja entrando na área, procurando brechas na defesa adversária ou batendo faltas e escanteios. E quando o time perde a bola, lá está ele dando combate.

Diniz construiu a equipe tendo Daniel Alves como principal ator. E o jogador se tornou tão importante que o São Paulo de hoje é obra do treinador, mas ainda mais do jogador.

E foi fora de campo que essa ascendência começou. O início foi na sua contratação bombástica e milionária. Em seguida, ele ganhou a camisa 10 do time. Depois, pesou a sua opinião sobre quem deveria ser o treinador (foi quando chegou Diniz). A permanência do técnico no comando após momentos ruins também teve a participação dele, que virou o cara do time dentro de campo.

Comparando com outros astros de outros times, a diferença de importância de Daniel Alves fica mais clara. Não por incompetência dos outros, diga-se.

Dudu é o principal jogador do Palmeiras há anos. Mas o jogo do time não está totalmente centrado nele, embora a bola vá para seus pés sempre que o time precisa de soluções. Mas sem ele, o Palmeiras pode caminhar.

Everton Cebolinha no Grêmio é a mesma coisa.

E Gabigol, o maior ídolo nacional do Brasil no momento, é muito importante, mas sua ausência não acaba com o time. O time de Jorge Jesus vive sem ele, como já precisou fazer algumas vezes.

Daniel Alves virou um órgão vital para o São Paulo. Sem ele, não tem time.

(Por Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi)