F1 esquentou na reta final com quatro pilotos com chances reais de vitória
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Quem imaginaria que o mesmo campeonato que já coroou a McLaren como campeã de construtores com seis etapas para o final passasse a ter resultados imprevisíveis quase de uma hora para a outra? Se é bem verdade que, embora a McLaren não esteja tão confiante para o GP dos Estados Unidos, a expectativa de forte calor vai jogar a favor de Oscar Piastri e Lando Norris, isso não quer dizer que eles não vão ter companhia daqui até o GP que encerra a temporada em Abu Dhabi.
Em teoria, isso é uma ótima notícia para o líder Piastri, contando que ou Max Verstappen da Red Bull e ou George Russell da Mercedes continuam tirando pontos de Norris, como fizeram nas últimas quatro etapas. Ou pode ser muito ruim se o companheiro voltar a vencer e ele, Piastri, não se ver em segundo.
Mas o mais importante é como eles conseguiram isso?
A resposta começa em junho, quando a F1 adotou testes mais rígidos para a flexibilidade da asa dianteira. Isso afetou diretamente o carro da Mercedes, o mais desenvolvido nesta área. Russell era figura fácil nos pódios até o GP da Espanha, e depois o rendimento caiu, apenas com um lapso no Canadá, que teve mais a ver com a pista.
A Red Bull apostava suas fichas que a McLaren também sofreria, e isso não aconteceu: enquanto os outros demoravam para se encontrar, eles passaram a dominar.
Mas, percebendo que o título de construtores era uma questão de tempo, a McLaren parou completamente o desenvolvimento do carro. A Mercedes continuou trabalhando na flexibilidade da asa, tentando encontrar materiais diferentes que passassem nos testes com um efeito semelhante ao que eles tinham. E estrearam uma nova peça que, embora não tenha grandes mudanças, serviu para equilibrar o carro e aumentou a janela de operação dele, dando mais opções para o acerto.
A Red Bull seguiu o desenvolvimento por outros motivos: depois de uma série de atualizações que não deram resultado, eles queriam entender qual era o problema de suas ferramentas. A julgar pelo rendimento do carro com o novo assoalho e a nova asa dianteira, eles voltaram ao caminho certo.
Não que a McLaren tenha perdido todos os seus ‘encantos’. Eles continuam sendo o carro mais completo do grid. Em pistas com curvas variadas, são mais eficientes. Se as curvas forem longas, ainda melhor. E eles não perderam a vantagem grande que têm no gerenciamento da temperatura dos pneus.
Não é um carro que gosta muito de ondulações, e elas existem aos montes no palco da corrida deste fim de semana. Mas há uma boa variação de curvas e a previsão é de máxima acima de 30ºC em todos os dias. Então um fator pode compensar o outro, especialmente na corrida - e são duas neste fim de semana de sprint em Austin.
O fato é que a McLaren já não vai para todas as pistas focando apenas no que acontece entre Piastri e Norris e tentando gerenciar a disputa interna. Eles agora têm rivais para ficar de olho. Verstappen e Russell são, muito provavelmente, os dois pilotos que estão fazendo os melhores campeonatos de todo o grid. Então por isso a aposta de que serão eles, e não seus companheiros, que vão aproveitar qualquer brecha que aparecer.




























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