Time de Bortoleto sugere pausa na chegada de novidades para entender carro
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O GP de Miami acabou sendo uma boa surpresa para a equipe Sauber, que conseguiu colocar um carro na segunda parte tanto da classificação, quanto da sprint, sentindo que tinha ritmo para chegar no Q3 com Gabriel Bortoleto no sábado. Na corrida, eles estavam andando em ritmo similar ao da Racing Bulls de Isack Hadjar, que tem ficado justamente nesta zona bem perto dos pontos. Isso, numa pista em que a Sauber não esperava ir bem.
Perguntado pelo UOL Esporte se entendia de onde tinha vindo esse ritmo, Bortoleto, que não completou a corrida por um problema no sistema de combustível, foi sincero. "Na verdade, não. É difícil de entender. A gente tem que voltar para a fábrica, analisar todos os dados e entender. Se eu te falar algo, eu vou estar provavelmente errado."
Tanto isso é verdade que o chefe da equipe, Jonathan Wheatley, admite que o momento é de entender melhor se as atualizações que eles já trouxeram para o carro - um assoalho novo e mudanças na suspensão dianteira - estão mesmo funcionando antes de pensar em novas atualizações.
"Acho que o que estamos tentando fazer é entender todo o desenvolvimento que fizemos até agora e montar um pacote um pouco mais focado do que antes. Não quero definir um cronograma para isso ainda."
Perguntado pelo UOL Esporte se a Sauber estará entre as equipes que terão que mudar a asa dianteira antes do GP da Espanha, quando entra em vigor uma nova diretiva técnica que muda, na prática, o quanto a asa pode se flexionar, Wheatley fez suspense. "Algumas equipes terão que mudar", disse ele, sorrindo.
O britânico acredita que a chegada da sequência de corridas na Europa vai ajudar a Sauber a entender melhor como tirar o máximo de seu pacote e ficou animado com o que viu em Miami.
"Tivemos a experiência de fazer uma corrida realmente limpa e recebemos um feedback muito bom dos pilotos no debriefing, e tudo isso ajuda a orientar a direção e o desenvolvimento do carro. Passamos por todos os tipos de circuitos diferentes, em horários, temperaturas e condições diferentes, e você começa a ter uma ideia. Você vai construindo uma imagem melhor do seu carro, mas claramente Miami se adequou ao C45."
Wheatley vê cenário mudando com mudança de regra de Barcelona
É bem possível que o chefe de Bortoleto esteja fazendo mistério em relação à asa dianteira porque a Sauber não terá que fazer nenhuma modificação. Isso porque desenvolver essas asas mais flexíveis não é barato e depende de muitos meses de trabalho, sendo mais o alvo de times que já estavam em um nível alto de desenvolvimento de seus carros.
No paddock, há engenheiros que não acreditam que essa mudança vai afetar muito a relação de forças, pois as equipes já tiveram a chance de, sabendo com antecedência desta diretiva técnica, que foi acertada antes do início da temporada, adaptar-se.
Mas Wheatley está entre aqueles que acreditam que a diferença especialmente do meio para o fim do pelotão é tão pequena que qualquer regra diferente já pode ter um impacto significativo.
"Acho que é um grande diferencial de desempenho. Pode ser uma mudança na ordem, pois veja como a disputa está acirrada. Uma pequena mudança como essa pode fazer uma grande diferença."
O GP da Espanha é o terceiro na sequência de três corridas em três finais de semana seguidos que abre a temporada europeia a partir do GP da Emilia Romagna, que será disputado neste domingo. Na semana seguinte, é a vez do GP de Mônaco.
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