Norris identifica principal área em que precisa crescer em luta pelo título

O momento atual dele tem muito disso. Norris começou a temporada da Fórmula 1 como favorito. Afinal, a McLaren aparentava ter uma vantagem em termos de desempenho e o inglês era o mais experiente da equipe e o piloto com melhores resultados até o início do ano. Na primeira corrida, uma pole e vitória na Austrália confirmaram isso.

De lá para cá, no entanto, ele colecionou erros que custaram caro, especialmente nas duas últimas classificações. Se chamou de "idiota" algumas vezes, fez 33 pontos a menos que o companheiro Oscar Piastri e perdeu a liderança do mundial após o GP da Arábia Saudita.

Dificuldade de valorizar o que deu certo

Por outro lado, ele mesmo admite que o prejuízo poderia ser bem maior que os 10 pontos a menos que tem no campeonato após ver Piastri vencer três das últimas quatro provas. "Preciso me lembrar que venci a primeira corrida, que fui ao pódio em outras três provas. Realmente penso mais nas coisas negativas do que no que deu certo."

Norris, contudo, sabe que sua abordagem também foi muito importante para que ele chegasse até aqui.

Acho que sei que sou duro e exigente comigo mesmo, mas 95% disso acho que é uma coisa boa e acho que é o que me faz ser quem sou e me dá uma chance na Fórmula 1, de estar com a McLaren e lutar por um campeonato mundial. Aceito que provavelmente são os últimos pontos percentuais, que podem ser muito importantes, em que provavelmente falo muitas coisas negativas e isso entra na minha cabeça e não penso nos pontos positivos tanto quanto deveria. Se eu tivesse dito a mim mesmo no início do ano que poderia liderar o campeonato depois de quatro corridas, provavelmente ficaria muito feliz

"Há tantas coisas com as quais deveria estar feliz, que provavelmente não me lembro o suficiente delas, e essa é provavelmente a principal área em que eu diria que preciso melhorar."

Essa é a parte mental. Dentro de sua McLaren, Norris vem tendo dificuldade em se adaptar ao estilo do carro deste ano, principalmente quando está tentando extrair os últimos décimos de segundo na classificação.

A fonte do problema estaria na maneira como suas velocidades mínimas nas curvas são maiores que as do companheiro Piastri, que, por conta disso, não tem experimentado as saídas de traseira que pegaram Norris de surpresa nas últimas três classificações.

"Estamos começando a ver melhor nos dados, a identificar o que está acontecendo. Quando ele tenta tirar cada milissegundo do carro, o carro não responde do jeito que ele espera, é um comportamento que o surpreende", explicou Andrea Stella em Jeddah.

"É algo que tem a ver com o trabalho que fizemos no carro, que o torna mais rápido, mas que tira esse elemento de previsibilidade para o Lando, então cabe à equipe corrigir isso para dar confiança para ele", concluiu.