Por que Ferrari foi desclassificada em corrida dominada por Oscar Piastri
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O GP da China, vencido por Oscar Piastri, da McLaren, foi daqueles que acabou bem depois da bandeirada, com a desclassificação dos dois carros da Ferrari, de Lewis Hamilton e Charles Leclerc, e também da Alpine de Pierre Gasly. Com isso, o brasileiro Gabriel Bortoleto subiu para a 14ª colocação.
Leclerc e Gasly foram excluídos da prova porque seus carros estavam abaixo do peso mínimo. Já Hamilton perdeu a sexta colocação porque o carro estava muito baixo e, com isso, os pontos de medição da legalidade de altura estavam muito desgastados.
A corrida foi dominada pela McLaren, que também viveu seus dramas. Oscar Piastri liderou de ponta a ponta e venceu a segunda etapa do ano, enquanto seu companheiro Lando Norris teve problemas de freio nas 20 últimas voltas.
O inglês até achava que poderia brigar com o australiano no final não fosse o problema, que fazia com que ele tivesse que frear cada vez mais cedo, evitando aplicar a força máxima no pedal, mas Piastri parecia ter tudo sob controle do começo ao fim.
A terceira colocação ficou com George Rusell, que perdeu o segundo posto para Norris logo no começo da prova e não conseguiu ameaçar os carros da McLaren. Ao mesmo tempo, não foi ameaçado pelas Ferraris, que vinham logo atrás, após terem superado Max Verstappen no início do GP.
Verstappen adotou um ritmo até exageradamente conservador quando estava com pneus médios, temendo sofrer os mesmos problemas que teve no final da sprint, no sábado. Depois, seu ritmo foi melhorando e o final de prova foi bem mais forte.
Foi quando ele superou Leclerc, única Ferrari que tinha à sua frente, depois que Lewis Hamilton, vencedor da sprint, não se encontrou com o carro no domingo, e inclusive teve de deixar o companheiro Leclerc passar.
Hamilton acabou fazendo duas paradas, enquanto quase todos os outros pilotos fizeram apenas uma, contrariando o que todos esperavam antes da prova. No final das contas, os pneus médios não tiveram tanto desgaste quanto na sprint e os duros foram bastante consistentes.
Desclassificações de Leclerc e Hamilton foram diferentes
Essa mudança de estratégia pode ajudar a explicar por que Leclerc e Gasly terminaram a prova abaixo do peso mínimo, mas é apenas um dos fatores. Apenas seis pilotos fizeram mais de uma parada, e só os dois estavam abaixo dos 800 kg.
O caso de Hamilton é diferente, mas é outro indicativo de que a Ferrari está arriscando em suas margens. A scuderia viveu um problema na Austrália com a altura do carro, que estava batendo demais no solo nos treinos de sexta-feira, gerando esse tipo de desgaste que resultou na desclassificação de Hamilton na China.
Em Melbourne, eles levantaram o carro consideravelmente. Ao que parece, em Xangai, trabalharam com uma margem menor e, com isso, tiveram mais desgaste. O caso é diferente do que aconteceu também com a Ferrari (e, curiosamente, também com Hamilton, que estava na Mercedes na época) no GP dos EUA de 2023.
A punição foi a mesma, pelo mesmo motivo, mas a justificativa foi a dificuldade de prever o desgaste na pista de Austin, muito ondulada, em um fim de semana de sprint. A corrida da China também é disputada em formato sprint, mas o regulamento mudou de lá para cá, permitindo mudanças de configuração entre a corrida curta e a classificação para o GP.
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