GP da Austrália foi duro? China deve ser desafio maior para novatos da F1
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A etapa de abertura do campeonato da F1, na Austrália, foi uma máquina de moer novato, com pista molhada, rajadas de vento e uma pancada de chuva no final. Quatro dos seis pilotos que estão fazendo sua primeira temporada bateram, incluindo o brasileiro Gabriel Bortoleto, e apenas Andrea Kimi Antonelli (que também teve uma rodada na corrida) teve um bom desempenho. Um ótimo desempenho, na verdade, indo de 16º para quarto e andando mais rápido que George Russell em parte da corrida.
E os novatos não vão ter sossego neste fim de semana, na China. Ao contrário da Austrália, que está no calendário da F3 e da F2 e, por isso, era uma pista conhecida de todos eles, o circuito de Xangai será uma novidade para os seis pilotos.
E tem mais. Trata-se de um final de semana de sprint, o primeiro do ano, então eles só terão um treino livre para se adaptar. Farão duas classificações, sendo que uma delas começa com o pneu médio, algo a que eles não estão acostumados. E a temperatura ambiente deve mudar ao longo do final de semana, mudando a condição de pista a cada sessão.
A sexta-feira deve ter máximas de 20ºC, subindo para 25ºC no sábado e 27ºC no domingo. Isso, no passado, significou uma mudança grande no comportamento dos pneus, estressando mais os dianteiros quando faz mais frio e mais os traseiros com a pista mais quente.
Tudo isso com o indicativo dado pela primeira classificação na Austrália que o pelotão, atrás das McLaren, que conseguem controlar melhor a temperatura dos pneus ao longo de uma volta, está ainda mais apertado que ano passado. Centésimos de segundo vão decidir posições nas duas classificações - a primeira, na sexta-feira, para definir o grid da sprint, e a segunda, no sábado, depois da corrida curta.
Para Gabriel Bortoleto, até mesmo a experiência de ter feito sua primeira corrida na F1 no molhado vai ser benéfica para a China.
"Uma hora você vai ter que pilotar no molhado para sentir esse tipo de carro e ficar mais confiante com ele. Porque eu acho que, quando você ganha confiança com o carro no molhado, fica mais fácil também no seco, porque é o tipo de condição mais difícil que você pode ter. E acho que eu estava fazendo um bom trabalho com os intermediários, com ritmo parecido ao do Nico."
A meta do brasileiro é manter-se na pista o maior tempo possível neste final de semana na sprint para ir ganhando experiência. "Estou animado para ir logo para outro fim de semana, aprender uma nova pista e entender como esses carros funcionam. Vou tentar me adaptar o mais rápido possível. Não cometer nenhum erro que possa me custar a classificação ou a sprint e tentar terminar todas as sessões, mas para conseguir mais quilometragem com o carro de F1."
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