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Por que as duas próximas corridas da F1 podem ser o terror de Verstappen

O líder do campeonato da Fórmula 1, Max Verstappen, vive uma fase nada confortável na temporada, e não há uma perspectiva de melhora imediata. Depois de dominar as últimas duas temporadas, a Red Bull viu seus rivais evoluírem bastante ao mesmo tempo em que os passos que eles mesmos deram com seu carro acabaram afetando o equilíbrio. E o rendimento da última corrida, na Itália, o pior entre todas as corridas que Verstappen terminou neste ano, indica que vem mais dor de cabeça por aí pelo menos nas duas próximas etapas.

A primeira delas será no Azerbaijão, já neste fim de semana. Uma pista em que conta muito a tração do carro e também em que é preciso um equilíbrio entre a configuração que vai lidar melhor com o terceiro setor bastante travado ou com a grande reta. Isso faz com que o carro tenha que trabalhar em uma janela mais ampla e esse tem sido um problema grande para a Red Bull.

A prova seguinte é o GP de Singapura, que foi o pior disparado para a Red Bull ano passado. Eles acreditam que tenham ido na direção errada no acerto do carro na ocasião, mas o fator que limitou a equipe naquele final de semana, o mau comportamento do carro quando é preciso atacar as zebras, não melhorou de lá para cá.

Falta confiança para os pilotos da Red Bull

Lando Norris, da McLaren, e Max Verstappen, da Red Bull, durante GP da Holanda
Lando Norris, da McLaren, e Max Verstappen, da Red Bull, durante GP da Holanda Imagem: Mark Thompson/Getty Images

E os problemas são ainda maiores atualmente. O carro tem se comportado de maneira muito instável nas freadas, então os pilotos não têm confiança para entrarem nas curvas carregando tanta velocidade. "O carro não vira" se tornou uma reclamação corriqueira de Verstappen.

Para tentar melhorar isso, eles têm usado mais asa traseira, e isso afeta a velocidade nas retas. Nas últimas corridas, a equipe tentou até usar peças do começo do ano para reencontrar o equilíbrio perdido, sem muito sucesso.

Mas esse tipo de experimento também serve para que eles coletem informações para primeiro entender por que o carro não está se comportando como nas simulações de túnel de vento, e definir o caminho para que isso seja corrigido. O consultor da Red Bull, Helmut Marko, inclusive disse que o teste que a equipe fez em Monza após o GP foi produtivo nesse sentido.

A questão é que a própria Red Bull entende que o carro só vai chegar ao nível da McLaren com novas peças. E o próprio chefe do time, Christian Horner, apontou o período entre os GPs de Singapura e dos Estados Unidos como fundamental.

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"Ali vamos ter uma pausa de um mês nas corridas, mas é uma pausa em que podemos trabalhar [ao contrário do que acontece em agosto, por força do regulamento]. Será um período importante."

Ferrari vai incomodar em Baku e Singapura

Até lá, cabe a Verstappen diminuir os danos em um campeonato no qual ainda tem uma folga considerável. Nenhuma dessas duas próximas corridas é um fim de semana de sprint, que distribui mais pontos. E a vantagem dele é tanta - 62 pontos - que, mesmo se ele zerar e Lando Norris vencer ambas, fazendo a volta mais rápida, seguirá líder.

É bom lembrar que a McLaren de Norris deu um salto significativo a partir do GP de Miami e foi na maioria das provas o carro mais rápido desde então. De lá para cá, foram disputadas 11 provas, e Norris pontuou mais que Verstappen em cinco delas.

Por outro lado, as outras equipes não ficaram paradas. As Mercedes tiraram pontos de Verstappen em algumas provas e o mesmo aconteceu com a Ferrari na Itália. A Mercedes tem seus altos e baixos porque também é um carro que funciona em uma janela curta ainda, e a Ferrari tem um carro que vai incomodar justamente nestas duas próximas provas, já que são pistas que não têm as curvas de alta velocidade que vinham limitando seu desempenho.

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