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Após GP zerado, F1 vai à pista com uma das maiores médias de ultrapassagens

Vácuo pode ser segredo para boa classificação no GP do Azerbaijão em Baku - Mark Thompson/Getty Images
Vácuo pode ser segredo para boa classificação no GP do Azerbaijão em Baku Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Colunista do UOL

01/06/2021 04h00

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Os GPs do Azerbaijão e de Mônaco são corridas disputadas em circuitos de rua, mas não poderiam ser mais diferentes entre si. Com ruas mais largas, uma longa reta e um traçado menos travado, a prova de Baku nunca teve menos de 40 ultrapassagens em todas as quatro edições disputadas até hoje.

Essa é uma boa notícia especialmente depois que o GP de Mônaco deste ano não teve nenhuma manobra real de ultrapassagem a partir da segunda volta. A única manobra aconteceu na primeira volta entre os companheiros de Haas, com Mick Schumacher passando Nikita Mazepin. Ao longo da prova, Schumacher abriu para Mazepin passar por ter um problema no carro. E Sebastian Vettel ficou lado a lado com Pierre Gasly, superando o francês, quando saiu dos boxes.

Os dados sobre ultrapassagens na F1 começaram a ser computados de forma mais sistemática no início dos anos 1980, e o GP de Mônaco de 2021 entrou para a história como o quarto GP nos últimos 38 anos sem que nenhuma ultrapassagem fosse feita, excetuando-se manobras realizadas na primeira volta.

O cenário deve ser bastante diferente na prova deste fim de semana, em Baku. O GP do Azerbaijão foi o líder em número de ultrapassagens de todo o campeonato de 2017 e 2018, e sempre fica acima da média da temporada. Na verdade, mesmo sendo a corrida com mais manobras em 2017, com 42, este foi o menor número já registrado em Baku em todas as provas realizadas por lá, de 2016 a 2019, com a média ficando próxima de 50 ultrapassagens por GP. Em 2020, a corrida não foi realizada devido à pandemia.

O que também é interessante em relação ao número de ultrapassagens em Baku é que elas não dependem tanto das duas zonas de DRS. Geralmente, metade das manobras é feita em outros pontos da pista.

Isso significa que a classificação não é tão importante como em outras corridas. Tirando a corrida de 2019, quando os quatro primeiros colocados chegaram exatamente nas mesmas posições em que largaram, cinco dos 12 pilotos que chegaram ao pódio em Baku largaram fora do top 5. Para completar, entre os GPs de Baku em 2016 e da Alemanha de 2019, todos os pódios feitos por pilotos que não eram da Mercedes, Ferrari e Red Bull foram no Azerbaijão. Em 2017, Daniel Ricciardo, inclusive, venceu saindo da décima posição no grid, algo que foi igualado por Pierre Gasly no GP da Itália do ano passado.

Além da expectativa de uma prova mais movimentada dentro da pista, também existe a possibilidade de o GP do Azerbaijão ir parar no tapetão, já que esta é a última corrida em que as equipes que estão usando asas mais flexíveis poderão continuar com essas peças sem receberem punição, o que vem sendo questionado pela Mercedes. A sexta etapa do campeonato, que tem Max Verstappen como líder pela primeira vez na carreira, tem largada às 9h da manhã do domingo (6), mesmo horário da definição do grid de largada, no sábado (5).