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GP de Mônaco de Fórmula 1: datas, horários e tudo sobre a corrida

Em 2019, o GP de Mônaco ficou marcado por uma dura batalha entre Lewis Hamilton e Max Verstappen - David Davies/PA Images via Getty Images
Em 2019, o GP de Mônaco ficou marcado por uma dura batalha entre Lewis Hamilton e Max Verstappen Imagem: David Davies/PA Images via Getty Images

Colunista do UOL

19/05/2021 04h00

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Na última vez que a Fórmula 1 correu nas ruas de Mônaco, em 2019, a prova ficou marcada por uma dura batalha entre Lewis Hamilton e Max Verstappen. Dois anos depois, após a corrida de 2020 ser cancelada pela primeira vez desde 1954 devido à pandemia, os mesmos personagens voltam ao Principado como os grandes rivais da temporada. Tanto Hamilton, que lidera o campeonato com 14 pontos de vantagem, quanto Verstappen, estão tendo o melhor início de ano de suas carreiras na F1 (Hamilton tem os mesmos resultados que conseguiu em 2015, mas possui mais pontos por conta das voltas rápidas, que na época não contavam para o campeonato), o que dá a medida de como um está forçando o outro a dar o seu melhor.

Esse é o resultado de uma briga que vem sendo decidida nos detalhes até aqui e que, nas ruas de Mônaco, terá um capítulo interessante, já que a Mercedes de Hamilton, que venceu as últimas três provas, começou o ano com dificuldades especialmente nas curvas de baixa velocidade e, na parte mais travada do Circuito da Catalunha, palco da última etapa, novamente perdeu para a Red Bull de Verstappen.

Na outra ponta do grid, a Williams tem motivos para comemorar: a equipe, que vem se recuperando depois de ser vendida em agosto do ano passado, está celebrando 750 GPs de existência neste final de semana. As contas da equipe começam a partir de 1977, quando foi estabelecida a Williams Grand Prix Engineering. O time inglês é o segundo em número de títulos na história, com nove, todos conquistados entre 1980 e 1997.

Outro time que terá um toque de nostalgia em Mônaco é a McLaren, apresentando um visual diferente, que remete à parceria comercial firmada com a Gulf Oil ainda no final dos anos 1960 - e retomada recentemente - que gerou uma pintura que acabou virando um clássico na F1. Os pilotos também usarão capacetes com pintura vintage, especial para esta etapa.

Nova pintura do carro da McLaren - Divulgação/McLaren - Divulgação/McLaren
McLaren terá pintura nova no GP de Mônaco
Imagem: Divulgação/McLaren

Como acompanhar o GP de Mônaco:

Quinta-feira, 20 de maio

Treino livre 1, das 6h30 às 7h30: BandSports

Treino livre 2, das 10h às 11h: BandSports

Sábado, 22 de maio

Treino livre 3, das 7h às 8h: BandSports

Classificação, das 10h às 11h: Band (SP e outras praças)/BandSports

Domingo, 23 de maio

Corrida, a partir das 9h30 (largada às 10h): Band e BandNewsFM

Circuito de Mônaco

Distância: 3.337km

Recorde em corrida: 1min11s260 (Max Verstappen, Red Bull, 2018)

Número de voltas: 78

DRS - 1 zona

Detecção: antes da Rascasse

Ativação: reta principal

Pneus disponíveis: C3 (duros), C4 (médios) e C5 (macios)

Resultado em 2019

Pole position: Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1min10s116

Pódio:

1º Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1h43min28s437

2º Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) +2s602

3º Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) + 3s162

Características da pista de Monte Carlo

Muitas vezes alguns carros surpreendem em Mônaco, tendo um rendimento melhor do que em circuitos permanentes. Isso porque todos estarão usando as cargas máximas de aerodinâmica, ou seja, suas maiores asas, e o que contam mais são a aderência mecânica e a tração nas saídas das curvas, especialmente após a Ste Devote no começo da volta e antes do túnel.

Além das asas de alto downforce, os carros em Mônaco também ganham suspensões mais macias, para permitir que os pilotos usem toda a pista e, ocasionalmente, toquem o guard rail sem sofrerem quebras. E o volante ganha um ângulo maior para que os carros possam virar no hairpin da antiga Lowes (hoje Grand Hotel hairpin).

A largura máxima da pista de Mônaco não passa de 12m, e os carros atuais têm 2m de largura. Isso ajuda a dificultar as ultrapassagens. Para se ter uma ideia da dificuldade, em 2019, a temporada teve 36 ultrapassagens (descontando mudanças de posição após a primeira volta) em média por corrida mas, em Mônaco, foram apenas duas.

Curiosidades sobre o GP de Mônaco

Um dos circuitos em que é mais difícil ultrapassar, o GP de Mônaco sempre privilegiou os pilotos que conseguem boas classificações: nas 66 edições da prova contando para o campeonato da F1, o vencedor saiu das três primeiras posições do grid em 56, sendo que a única vez que isso não aconteceu de 1985 para cá foi no GP de 1996, disputado sob muita chuva e que foi vencido de forma surpreendente por Olivier Panis, 14º no grid.

Com os muros tão próximos, é de se imaginar que o GP de Mônaco seja marcado por bandeiras vermelhas. Mas o trabalho dos fiscais de pista por lá é conhecido pela grande eficiência e, mesmo se contabilizarmos apenas a era mais moderna da F1, de 1980 para cá, foram apenas seis bandeiras vermelhas. A primeira é a mais famosa: no GP de 1984, por conta da forte chuva. A segunda foi em 1990, quando Berger e Prost bateram na Mirabeau. E as demais foram por acidentes na primeira volta (em 1995 e 2000), em 2011 já perto do fim da prova e em 2013, quando um acidente entre Jules Bianchi e Pastor Maldonado destruiu a barreira de Tecpro na Tabac.