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Pole Position

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Pole 100 de Hamilton e teste para Red Bull: o que esperar do GP de Portugal

Lewis Hamilton, Valtteri Bottas e Max Verstappen durante largada do GP de Portugal de 2020 - Bryn Lennon - Formula 1/Formula 1 via Getty Images
Lewis Hamilton, Valtteri Bottas e Max Verstappen durante largada do GP de Portugal de 2020 Imagem: Bryn Lennon - Formula 1/Formula 1 via Getty Images

Colunista do UOL

28/04/2021 04h00

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O GP de Portugal foi um dos mais marcantes da temporada 2020, principalmente pela dificuldade dos pilotos com a falta de aderência. A McLaren chegou a liderar com Carlos Sainz, mas Lewis Hamilton foi entendendo aos poucos como lidar com uma pista que fora reasfaltada poucos dias antes da prova e venceu com mais de 25 segundos de vantagem para o próprio companheiro Valtteri Bottas, na prova em que se tornou o recordista de vitórias da história da F1, com 92. Neste ano, ele pode roubar as manchetes novamente por outra marca importante.

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Vitória do GP de Portugal fez com que Hamilton se tornasse recordista na F1
Imagem: Dan Istitene - Formula 1/Formula 1 via Getty Images

Hamilton pode chegar a 100 pole positions

Quando até mesmo Michael Schumacher, o piloto que bateu quase todos os recordes da Fórmula 1, sofreu para superar as 65 pole positions de Ayrton Senna, somando 68 na carreira, era de se esperar que fosse um número difícil de ser alcançado. Mas Lewis Hamilton, ainda que correndo em uma Fórmula 1 diferente, em que fazer a pole position conta mais do que na era Schumacher, uma vez que não há mais reabastecimento, redefiniu os recordes de poles de uma maneira inimaginável, e tem, no GP de Portugal, a primeira chance de chegar a 100 poles na carreira.

Pista desafiadora para pilotos e equipes

A palavra mais usada pelos pilotos para descrever a pista de Portugal é "montanha-russa", pelas elevações e declives que marcam o traçado do Autódromo do Algarve. E várias dessas curvas são cegas, ou seja, quando os pilotos fazem a tomada, eles não conseguem ver o final da curva. E, do lado das equipes, o desafio é a falta de informações. A estreia da pista de Portimão foi em outubro do ano passado, mas o asfalto já teve tempo de mudar em relação às informações que foram coletadas naquele fim de semana. Então o trabalho vai praticamente recomeçar nos treinos livres desta sexta-feira.
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De McLaren, Sainz chegou a liderar em Portimão ano passado, em início eletrizante
Imagem: Divulgação/F-1

Estreia do composto mais duro (e difícil de aquecer)

A seleção dos pneus para o GP de Portugal é a mesma do ano passado, com os três compostos mais duros da gama da Pirelli. Com isso, será a primeira vez que o C1, o mais duro deles, será usado no ano. Quanto mais duro o composto, de mais temperatura ele precisa para que funcione bem, e Valtteri Bottas já explicou que o carro da Mercedes parece ter mais dificuldade de colocar temperatura nos pneus do que seus rivais da Red Bull. Então o GP de Portugal pode ser um bom tira-teima, até porque a Red Bull ficou bem longe da Mercedes em Portimão no ano passado.

Mais um Norris x Leclerc

Por um lado, o piloto da McLaren é o terceiro colocado no campeonato e vem embalado por um pódio e pela maior compreensão da equipe sobre como usar melhor o motor Mercedes. De outro lado, Leclerc tem a confiança de quem foi quarto colocado no grid e na corrida em Portugal no ano passado, mesmo com um conjunto bastante inferior ao que a Ferrari tem em 2021. As duas equipes apostam que seus novos pilotos, Daniel Ricciardo pela McLaren e Carlos Sainz pela Ferrari, já estejam mais bem adaptados para poderem entrar na briga.

Clima promete instabilidade

O sul de Portugal é famoso pelo céu ensolarado, mas uma frente fria deve chegar à região da pista nesta quarta-feira (28), trazendo instabilidade até o sábado. Então um cenário possível é que a preparação para a prova seja feita com temperatura mais baixa e com possibilidade de chuva na sexta, além de algumas pancadas leves no sábado no horário da classificação. E, no dia da corrida, a temperatura estaria mais alta, com sol. Ou seja, é uma situação inversa à da última corrida, em Imola.

A terceira etapa do campeonato da Fórmula 1 tem os primeiros treinos livres na sexta-feira (30), com sessões a partir das 7h30 e das 11h. A classificação será às 11h do sábado (1º) e a corrida começa no mesmo horário, no domingo (2).