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F1 deve ter GP na Turquia em 2021; corrida no Brasil ainda preocupa

Disputado sob chuva, o GP da Turquia foi um dos melhores de 2020 - Pool/Getty Images
Disputado sob chuva, o GP da Turquia foi um dos melhores de 2020 Imagem: Pool/Getty Images

Colunista do UOL

31/03/2021 04h00

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Depois de Imola, dia 18 de abril, e Portimão, 2 de maio, serem confirmadas no calendário de 2021 da Fórmula 1 como substitutas de provas que foram canceladas ou adiadas, outras duas pistas que foram palco de boas corridas ano passado também podem entrar na lista: os GPs da Turquia e outro evento no Bahrein, que poderia ser realizado na pista alternativa do GP de Sakhir.

Há grandes chances de o GP em Istambul ser realizado já em junho, enquanto o Bahrein, que recebeu a pré-temporada e a primeira etapa do ano, realizada no último domingo, poderia ter outra corrida em outubro ou novembro.

Como ocorreu ano passado, a F1 vem encontrando dificuldades para sair da Europa e do Oriente Médio, onde todas as provas de 2020 foram disputadas, por conta da covid. A primeira dúvida do calendário no momento é o GP do Canadá. Como todos os que chegam ao país precisam ficar em quarentena de 14 dias, isso inviabilizaria a etapa canadense neste ano, a não ser que pudesse haver algum esquema especial, o que parece pouco provável no momento. O GP do Azerbaijão, que aconteceria logo em seguida, também não está 100% confirmado.

Dúvidas na segunda metade de 2021

sakhir - Divulgação/Formula 1 - Divulgação/Formula 1
Sergio Pérez comemora vitória no GP de Sakhir
Imagem: Divulgação/Formula 1

A partir daí, começam os próximos grandes entraves para a F1 cumprir o calendário planejado originalmente, de 23 etapas, o mais longo da história. O autódromo do Bahrein, que possui cinco configurações homologadas com a graduação máxima da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), necessária para receber a F1, poderia voltar ao calendário na segunda metade do ano. A preocupação é com a situação da pandemia especialmente no México e no Brasil, e com restrições de viagens em países como Japão, que está com as fronteiras fechadas no momento, e Singapura, que não permite a entrada de quem tenha estado recentemente no Reino Unido, país-base da maioria das equipes.

Como estas determinações podem mudar nos próximos meses com o avanço da vacinação, não é esperado nenhum anúncio sobre as corridas do segundo semestre tão cedo, mas as alternativas já estão sendo buscadas com antecedência.

Trata-se de uma notícia ruim para a F1, que tenta se recuperar do prejuízo de mais de 2 bilhões de reais no campeonato do ano passado em função da pandemia, mas boa para os torcedores, já que estes quatro circuitos foram alguns dos usados em 2020 como alternativa para corridas canceladas devido à pandemia, e acabaram gerando provas diferentes, já que as equipes tinham poucas informações sobre eles, e no caso de Portimão e Turquia a pista foi recapeada semanas antes da prova.

Por enquanto, as etapas alternativas confirmadas são o GP em Imola, que já será a segunda etapa do campeonato, tendo entrado na data que foi aberta para o Vietnã (prova que deveria estrear ano passado e que acabou nunca acontecendo), e o GP de Portugal, que vem logo em seguida, substituindo o GP da China, que aconteceria em 11 de abril e foi postergado. Em 2020, apenas nove das 22 etapas originais foram realizadas, mas o campeonato teve 17 etapas justamente porque a F1 lançou mão de provas alternativas e fez mais de uma corrida em um mesmo circuito.