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Após teste com carro novo, Verstappen prefere que resultados falem por ele

Max Verstappen a bordo do RB16B em teste em Silverstone - Clive Mason/Getty Images
Max Verstappen a bordo do RB16B em teste em Silverstone Imagem: Clive Mason/Getty Images

Colunista do UOL

25/02/2021 13h16

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"Mais aderência e mais potência''. Esse foi o pedido de Max Verstappen para o carro da Red Bull neste ano para tentar ao menos se aproximar dos heptacampeões da Mercedes na temporada 2021 da Fórmula 1, que começa em pouco mais de um mês, com o GP do Bahrein, dia 28 de março. O holandês conversou com os jornalistas após andar pela primeira vez com o RB16B e preferiu não falar muito: disse que quer deixar que os resultados falem por ele.

Verstappen fez a pole position e venceu a última corrida da temporada de forma dominante, mas lembrou que a Red Bull e a Mercedes escolheram caminhos diferentes ao longo do ano. Sua equipe, sabendo que o carro ainda não estava otimizado, continuou com o desenvolvimento tentando entender melhor seu comportamento e também buscando resolver problemas de correlação dos dados que tinha nas suas simulações e na pista, enquanto a Mercedes estreou poucas novidades ao longo da temporada.

''A Mercedes parece que parou de melhorar o carro em julho [mês em que a temporada começou]. A gente não via mais atualizações. E nós tivemos alguns problemas com aquele carro e queríamos melhorá-lo, então a gente seguiu aprendendo. E também sabíamos que as regras não mudariam muito para este ano - é claro que o assoalho mudou mas, em geral, o carro é mais ou menos o mesmo. Então, para nós, era necessário entender aquilo. E veremos se vamos chegar ainda melhores neste ano e conseguimos estar mais competitivos em comparação com a Mercedes.''

Embora já tenha andado com o RB16B, que ganhou esse nome devido ao grande número de peças que foram continuadas em relação ao ano passado, Verstappen lembrou que os pneus usados nesse tipo de teste privado permitido pelo regulamento - o chamado dia de filmagem, em que só é possível andar 100km, com o propósito de produzir conteúdo de marketing - não são os mesmos usados nas corridas, então a sensação ao volante acaba não sendo muito representativa.

Falando sobre estes problemas do comportamento do carro do ano passado, Verstappen disse acreditar que não há nada fundamentalmente errado. Só falta, na avaliação do holandês, mais aderência na traseira e mais potência, e é isso que a Red Bull e a Honda, que está trazendo, para esta temporada uma atualização extensa que estava programada para estrear só em 2022, estão buscando.

''As pessoas falam muito sobre a traseira sendo solta demais, mas acho que isso é só falta de aderência e também sabemos que não temos tanta potência. Não é nenhum segredo e não faz sentido ficar falando disso agora. Vamos chegar no Bahrein e tentar maximizar o que tivermos em mãos'', disse o holandês, referindo-se aos testes de pré-temporada, de 12 a 14 de março. ''Um carro rápido nunca é super fácil de pilotar. Então não diria que o nosso carro era muito complicado, você é quem tem de se adaptar.''

Comentando sobre a cláusula que tem no contrato permitindo trocar de equipe já no final deste ano caso a performance da equipe não esteja em determinado nível, Verstappen desconversou. Garantiu que não está pensando nessas questões contratuais no momento. Essa questão tem sido levantada pela imprensa britânica especialmente porque o contrato de Lewis Hamilton com a Mercedes foi renovado por apenas um ano, contrariando as expectativas.