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Dança das cadeiras da F1: Em ano de mercado agitado, restam oito vagas

Grid da F1 terá mudanças importantes na temporada 2021 - Dan Istitene - Formula 1/Formula 1 via Getty Images
Grid da F1 terá mudanças importantes na temporada 2021 Imagem: Dan Istitene - Formula 1/Formula 1 via Getty Images

Colunista do UOL

10/09/2020 05h05

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Com a confirmação de que Sebastian Vettel vai ser piloto do novo projeto da Aston Martin (atual Racing Point) na Fórmula 1 em 2021, restam poucas vagas para a próxima temporada, depois de uma dança das cadeiras agitada e que começou antes mesmo da primeira etapa do campeonato de 2020 da categoria. Quatro das dez equipes já confirmaram que vão mudar pelo menos um de seus pilotos, enquanto outras quatro ainda não confirmaram suas duplas.

Toda a movimentação começou justamente quando a Ferrari confirmou que o contrato de Vettel não seria renovado, em maio. Isso levou a anúncios em sequência que culminaram com a confirmação de que Fernando Alonso estaria de volta ao grid ano que vem, com a Renault.

Mas ainda falta vagas importantes a serem definidas: Lewis Hamilton ainda não renovou com a Mercedes, mas acredita-se que seja por uma questão de detalhes contratuais. E a Red Bull não confirmou se Alex Albon segue na equipe. Depois de vencer a última corrida, na Itália, Pierre Gasly está de volta ao páreo para a vaga que perdeu no meio do ano passado justamente para o tailandês.

Quais os pilotos confirmados e quais vagas estão em aberto na F1 em 2021

The grid for 2021 is beginning to take shape #F1 pic.twitter.com/lyUPCYyBw6

? Formula 1 (@F1) May 14, 2020

Mercedes: Valtteri Bottas renovou seu contrato, como de costume, por mais um ano, enquanto Lewis Hamilton negocia sua extensão. Aos 35 anos, ele indicou querer um acordo de "dois ou três anos", mas também aguarda a definição de seu chefe, Toto Wolff. O austríaco disse querer seguir na equipe, mas também indicou que seu envolvimento pode sofrer alterações neste novo contrato.

Ferrari: Terá Charles Leclerc, cujo contrato vai até o final de 2024, e Carlos Sainz, que assinou até o fim de 2022.

Red Bull: Max Verstappen segue na equipe pelo menos até o fim de 2023. O contrato de Alex Albon é apenas para este ano e, embora os chefes da equipe estejam apoiando-o mesmo com uma temporada abaixo do esperado, a Red Bull não costuma ser paciente com seus pilotos. Pesa a favor do piloto a pressão dos sócios majoritários tailandeses da empresa Red Bull, e o fato de que o carro deste ano da Red Bull não é tão fácil de pilotar como Verstappen faz com que ele pareça.

McLaren: Ao confirmar que Daniel Ricciardo assinou "por múltiplas temporadas", o time também confirmou que segue com Lando Norris em 2021.

Renault/Alpine: Depois de perder Daniel Ricciardo para a McLaren, a Renault contra-atacou chamando de volta o bicampeão Fernando Alonso. O espanhol de 39 anos acertou seu retorno à Fórmula 1 com um contrato de dois anos com o time francês, e será companheiro de Esteban Ocon, que tinha assinado por duas temporadas ano passado. A equipe anunciou ainda que mudará de nome, usando a F1 como plataforma para promover sua marca de esportivos, a Alpine.

Racing Point/Aston Martin: Uma equipe que tem tudo para crescer nos próximos anos, com a injeção de dinheiro do bilionário Lawrence Stroll, está fechada para 2021, após o anúncio de que Sebastian Vettel será o companheiro de Lance Stroll.

AlphaTauri: A definição da dupla de pilotos da equipe depende diretamente do que a Red Bull fará. Caso Albon não permaneça em 2020, Gasly, que mesmo antes da vitória no GP da Itália, já vinha fazendo ótima temporada, seria o substituto direto, ao passo que seu companheiro atual, Daniil Kvyat, deve estar fazendo suas últimas corridas na Fórmula 1. O russo deve ser substituído por Yuki Tsunoda, piloto apoiado tanto pela Red Bull, quanto pela Honda, que está atualmente na F2 e precisa de um quinto lugar no campeonato para ter os pontos suficientes para chegar à F1. A equipe também tem o brasileiro Sergio Sette Camara como piloto reserva.

Alfa Romeo: É possível que a equipe seja 100% renovada em 2021, uma vez que Kimi Raikkonen afirmou algumas vezes que deve se aposentar e Antonio Giovinazzi tem uma vaga que é de indicação da Ferrari, e a Scuderia pode tentar testar algum piloto de sua academia. O nome principal é Mick Schumacher, filho do heptacampeão Michael, que está evoluindo em seu segundo ano na F2 em 2020, e inclusive entrou na luta pelo título de vez após vencer em Monza. Outro nome forte para o time é Sergio Perez, que deixará a Racing Point no final do ano. Ele já foi sondado pelo time suíço, que também já conversou com Nico Hulkenberg.

Haas: Romain Grosjean e Kevin Magnussen formam a dupla de pilotos mais questionada do grid e ambos têm contratos até o final deste ano. O chefe Guenther Steiner já deixou claro que a Haas precisa que seus pilotos levem dinheiro à equipe, que tem parceria estreita com a Ferrari, mas prefere ser independente na hora de escolher pilotos, e tem preferido nomes mais experientes, uma vez que é a caçula da F1 e tem uma estrutura reduzida em relação aos demais. É outra equipe que gostaria de ter Perez, com sua experiência e patrocinadores mexicanos. Outro piloto que está de olho nestas possíveis vagas é o brasileiro Pietro Fittipaldi, atualmente reserva da equipe.

Williams: O time lanterna dos últimos dois campeonatos e que ainda está zerado neste ano já confirmou que seguirá com a dupla George Russell e Nicholas Latifi em 2021. A Williams passa por uma reestruturação depois de ser recentemente vendida para um fundo de investimentos norte-americano.