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Com mais de R$1.5 bi, Hamilton é esportista britânico mais rico da história

Lewis Hamilton, hexacampeão de Fomula 1, em entrevista exclusiva ao UOL  - Lucas Lima/UOL
Lewis Hamilton, hexacampeão de Fomula 1, em entrevista exclusiva ao UOL Imagem: Lucas Lima/UOL

Colunista do UOL

22/05/2020 04h00

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Lewis Hamilton se tornou o esportista mais rico da história do Reino Unido, de acordo com a tradicional lista do jornal The Times. O piloto da Mercedes e hexacampeão da Fórmula 1 possui uma fortuna estimada em 224 milhões de libras, o equivalente a mais de 1.5 bilhão de reais.

Há anos a lista era encabeçada por David Beckham, até então o único britânico na história a superar os 200 milhões de libras em ganhos durante a carreira. Ele quebrou essa barreira em 2013, logo antes de se aposentar. Nos anos seguintes, Beckham seguiu lucrando com comerciais, projetos no mundo da moda, culinária e atualmente lidera o lançamento de uma equipe de futebol nos Estados Unidos, a Inter Miami. Hoje, calcula-se que Beckham tenha uma fortuna que ultrapassa os 340 milhões de libras, mas a lista só contabiliza os ganhos de atletas em atividade.

Assim, os 224 milhões de Hamilton são o maior valor já atingido por um esportista na lista, que é publicada anualmente há 32 anos, período no qual os salários de atletas explodiu com acordos comerciais e de TV.

E o piloto não dá sinais de que vai parar tão cedo. Motivado pela possibilidade de atingir os números do maior vencedor da história da F1, Michael Schumacher - para igualá-lo, ele precisa de mais um título e sete vitórias - Hamilton atualmente negocia a renovação de seu contrato com a Mercedes. O acordo atual termina no final deste ano. Há muitos rumores acerca de quanto Hamilton estaria pedindo por mais três anos de contrato, com valores estimados entre 50 e 60 milhões de libras (algo em torno de 350 a 400 milhões de reais), mas o fato é que a relação entre ele e a Mercedes hoje vai além do pagamento do salário em si. O piloto, por exemplo, também atua como estilista de uma coleção que leva seu nome da marca Tommy Hilfiger, que é uma das grandes parceiras da equipe.

Além das pistas

Assim como Beckham, Hamilton não dá sinais de que vá sair dos holofotes depois que encerrar sua carreira no automobilismo. Ele nunca escondeu o sonho de ser ator e inclusive arriscou um teste em Hollywood, como contou em entrevista ao UOL Esporte. O mundo da moda é importante na vida do piloto, que desenha as próprias coleções na Tommy. E Hamilton também é ativista de causas que envolvem a proteção dos animais e do meio ambiente. Nos últimos anos, inclusive, vem advogando pela dieta vegana.

Mesmo competindo em um esporte predominantemente de elite, Hamilton vem da classe trabalhadora britânica. O avô emigrou para o país da ilha caribenha de Granada, e o pai chegou a trabalhar em três empregos para financiar o início de sua carreira no kart, quando Hamilton costumava competir com karts de segunda mão e pneus usados. Mesmo assim, teve sucesso nos campeonatos no país e chamou a atenção da McLaren. A equipe, que na época tinha parceria com a Mercedes, passou a cuidar e financiar sua carreira, e promoveu sua estreia na F1, em 2007.

Hamilton foi campeão pela primeira vez em 2008 e permaneceu na McLaren até 2012, quando se transferiu para a equipe de fábrica da Mercedes. De lá para cá, o inglês conquistou cinco títulos em seis anos, e é o favorito para a temporada de 2020, que deve começar dia 5 de julho, com o GP da Áustria. A confirmação final depende da evolução do coronavírus na Europa nas próximas semanas.