Quem saiu ganhando e quem ficou no prejuízo com adiamentos da F-1?
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A temporada da Fórmula 1 teve de ser suspensa antes mesmo de começar devido ao coronavírus, e isso é uma boa notícia para alguns, e péssima para outros. O campeonato deveria ter tido a primeira etapa no último domingo e a categoria chegou a estar com tudo pronto no circuito de Albert Park antes da decisão de cancelar o GP da Austrália e adiar pelo menos as três etapas seguintes. Atingida em cheio pela pandemia, a italiana Ferrari respirou aliviado e até a favorita Mercedes teve motivos para comemorar.
Confira quem se deu bem e quem saiu perdendo com o adiamento do início da temporada:
Ferrari ganhou por um lado, perdeu por outro: As últimas semanas da preparação da equipe, que já não fez uma pré-temporada positiva, foi tomada pelos temores relacionados às restrições de viagens de italianos pelo mundo. Por conta disso, muitos membros não voltaram a Maranello depois dos testes, o que certamente não é o melhor cenário em termos de preparação. E, agora, a fábrica está fechada em meio às medidas para tentar frear a pandemia, que segue atingindo em cheio a Itália.
Mas há um lado positivo: o campeonato só deve começar no final do maio, dentro das expectativas mais otimistas, e o time tem mais chances de entender o que não deu certo nos testes. Além disso, a Ferrari começaria o ano sob muita pressão depois de ter firmado um acordo com a FIA a respeito da legalidade de seu motor, algo que causou a revolta das equipes. Com o coronavírus, o assunto esfriou, pelo menos por enquanto.
Mercedes escapou de protesto por novidade: Antes do cancelamento do GP da Austrália, o time tinha confirmado que iria utilizar o DAS, sistema que usa o volante como uma espécie de alavanca para mudar o ângulo das rodas e ajudar em momentos pontuais. Embora a FIA tenha declarado que o sistema é legal, a Red Bull deixou claro em Melbourne que iria protestar o resultado da prova se a Mercedes realmente usasse o DAS.
Não se sabe qual seriam exatamente as bases do protesto. O chefe da Red Bull, Christian Horner, se limitou a dizer que o time acredita que "o volante serve para virar para a direita e a esquerda, e não para ir para frente e para trás". Mas, a julgar pelo que o projetista Adrian Newey vinha dizendo nos testes, é possível que eles considerem que a novidade tem função aerodinâmica, e não apenas mecânica, como se acredita.
Racing Point perdeu chance de sair na frente da concorrência: Não é a tôa que a Racing Point era uma das três equipes, ao lado de Red Bull e AlphaTauri, que estavam dispostas a entrar na pista e correr normalmente na Austrália. Eles andaram bem desde o primeiro dia de testes e apostavam em tem ótimos resultados pelo menos nas primeiras provas, O projeto do carro, que é claramente inspirado no modelo campeão de 2019 da Mercedes, vem sendo criticado, mas mesmo os rivais esperavam ver o carro de Perez e Stroll lutando até mesmo com a Ferrari.
Red Bull não pôde se aproveitar: O time de Verstappen e Albon vem sendo a terceira força nos últimos anos, mas pareceu ter dado um passo adiante nos testes de pré-temporada, no segundo ano da parceria com a Honda. Com as dúvidas em relação ao rendimento da Ferrari, o time tinha grandes chances de marcar pontos importantes nas primeiras etapas para subir para o segundo lugar entre os construtores (e, com isso, ter um orçamento melhor para o ano que vem), ou até mesmo incomodar a Mercedes.
Alfa Romeo ganhou mais tempo para resolver problemas: O time de Raikkonen e Giovinazzi teve uma pré-temporada tímida e com alguns problemas, e parecia menos preparada do que há 12 meses, quando começou bem o campeonato. Agora, eles terão tempo de encontrar soluções. Isso, claro, se o coronavírus deixar, pois o time está baseado na Suíça, onde o governo ordenou um fechamento total para tentar conter a crise.
McLaren acabou dando sorte: Quando o time inglês decidiu desistir de disputar o GP da Austrália, tão logo os chefes ficaram sabendo que um dos membros havia testado positivo para o coronavírus, eles não poderiam prever que a corrida seria cancelada. No final das contas, a desistência da McLaren foi o estopim para que outras equipes começassem a questionar a realização da prova. Então o time saiu, inclusive, com a imagem fortalecida após o episódio.
Depois de cancelar o GP da Austrália, a F-1 confirmou que Bahrein e Vietnã se juntaram ao GP da China e foram adiados. O mesmo deve acontecer nos próximos dias com as etapas de Holanda e Espanha. A expectativa mais otimista é que o campeonato comece no GP de Mônaco, no final de maio, ou no Azerbaijão, duas semanas depois.
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