Nova série da F-1 na Netflix tem gafe de Hamilton e chefe roubando a cena
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Se a primeira temporada da série original "Dirigir Para Viver" ("Drive to Survive", em inglês), da Netflix, já trouxe novos fãs para a Fórmula 1 e fez tantos outros voltarem a acompanhar a categoria, o acesso às principais equipes, Mercedes e Ferrari, promete conquistar ainda mais audiência na segunda temporada, que tem estreia mundial de 28 de fevereiro. A coluna Pole Position teve acesso aos dois primeiros episódios com exclusividade no Brasil.
O primeiro episódio traz uma apresentação geral dos personagens, com direito a Lewis Hamilton e Toto Wolff errando o próprio nome da equipe Mercedes ao se apresentarem, enquanto o segundo é focado no personagem que mais roubou a cena na primeira temporada: o chefe da equipe Haas, Guenther Steiner.
O italiano da região do Tirol do Sul, cuja cultura é muito ligada à Áustria, não economiza nos palavrões, e perde completamente a paciência com seus pilotos, Kevin Magnussen e Romain Grosjean, quando eles se tocam e abandonam o GP da Grã-Bretanha, em momento importante para o time. "Se dependesse de mim, demitiria os dois!", disse Steiner em Silverstone. A Haas acabou renovando o contrato de ambos, mas é claro o descontentamento do chefe especialmente com Grosjean, algo que marcou também a primeira temporada, que foi filmada em 2018.
Outro ponto curioso em relação à Haas é a desconfiança, desde o início da temporada, com o patrocinador principal da equipe, a Rich Energy, empresa que dizia vender bebidas energéticas que só podiam ser encomendadas online. Steiner disse que "eles são novos, meio rock'n'roll e acho que são parecidos conosco". Mas salientou que o dinheiro era bem-vindo "se esses caras pagarem."
No final das contas, a Rich Energy só pagou uma das parcelas acordadas, e divulgou em julho que estava retirando o patrocínio do carro porque era "uma vergonha a Haas ficar atrás da Red Bull, que são nossos rivais no mercado."
Mercedes e Ferrari em destaque
A série "Dirigir Para Viver" não aborda o campeonato em si, mas as tensões que envolvem os bastidores das equipes. Enquanto a primeira temporada deu destaque à briga entre Red Bull e Renault, que deixaram de ser parceiras em 2018, e à indecisão de Daniel Ricciardo sobre seu futuro - o australiano acabou saindo justamente da Red Bull e indo para a Renault - a segunda temporada trará mais detalhes das equipes da frente.
Isso porque a equipe da Netflix fechou acordos com Mercedes e Ferrari para filmar no ano passado os bastidores destes times em dois GPs: na Alemanha com a Mercedes e na Itália com a Ferrari. Porém, nos episódios aos quais a coluna teve acesso, ficou claro que o material coletado é bem mais extenso do que aquele apenas relacionado a estas duas corridas. Então devemos ver Lewis Hamilton, Charles Leclerc e Sebastian Vettel ao longo dos 10 episódios.
E o mais curioso desta novidade da segunda temporada é que, embora a Mercedes tenha ganhado o campeonato do ano passado com folga, foi justamente quando a Netflix filmava o time, na Alemanha, que eles tiveram sua pior corrida dos últimos anos. E, no caso da Ferrari, o GP da Itália, vencido de ponta a ponta por Leclerc.
A coluna assistiu à pré-estreia do documentário em evento realizado em Londres, Inglaterra, e que contou com a presença de pilotos como Lando Norris, Carlos Sainz e George Russell. E isso não é por acaso: a nova geração de pilotos constantemente presente nas mídias sociais está trazendo muitos fãs para o esporte. Nico Hulkenberg, que perdeu a vaga para Esteban Ocon na Renault e não disputará a temporada, também marcou presença, assim como chefes de equipe como Claire Wiliams, da Williams, e Adreas Seidl, da McLaren, acompanhado do CEO da empresa, Zak Brawn. O CEO da Fórmula 1, Chase Carey, e o diretor Ross Brawn, também estiveram presentes.
A segunda temporada do "Dirigir Para Viver" estreia poucas semanas antes do início da temporada, marcado para dia 15 de março, na Austrália.
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