Topo

Pole Position

Fã de carros, Kobe Bryant via a "mentalidade Mamba" também nas Ferrari

Colunista do UOL

27/01/2020 18h18

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Comprar uma Ferrari está na lista dos sonhos de muita gente, e não por acaso ter até mais de um dos modelos italianos é comum entre as celebridades ao redor do mundo. Mas a relação entre a lenda do basquete Kobe Bryant, morto no último domingo em acidente de helicóptero na Califórnia, e os carros de Maranello tinha mais do que puro status.

Bryant aprendeu a apreciar as Ferrari logo cedo, quando viveu na Itália. Seu pai, Joe Bryant, também era jogador de basquete e, depois de se aposentar da NBA, quando Kobe tinha seis anos, mudou-se com a família para o país europeu. Os Bryant só voltariam aos Estados Unidos sete anos depois. "Aprendi o que paixão, criatividade e imaginação realmente significam", disse Kobe sobre a experiência. Crescer naquelas cidades cheias de história era uma inspiração constante e desenvolveu minha imaginação."

Kobe não só aprendeu a falar italiano fluentemente, como também entendeu o espírito ferrarista, que considerava muito parecido com sua própria maneira de ver o mundo, como revelou em visita a Maranello em 2017, quando teve a chance de guiar um modelo F12 TDF na pista de Fiorano.

"Meus valores são os mesmos das pessoas que trabalham aqui em Maranello: pesquisar constantemente e inovar constantemente, prestando atenção a cada detalhe mínimo com um propósito preciso - para melhorar a performance. Sapatos, como carros, precisam ser bonitos. Mas a estética não pode ter fim em si própria e tudo precisa de uma base científica", comparou o ex-jogador de basquete durante a visita.

De fato, os pilares do que Bryant chamava de "mentalidade Mamba" podem ser comparados aos da marca italiana: paixão, obsessão pelos detalhes, competir a qualquer custo, resiliencia e a habilidade de superar o medo e a ansiedade.

Mas a relação com a Ferrari não era só uma questão de filosofia: em 2012, Bryant pagou com um cheque de 329 mil dólares uma Ferrari 458 Itália. Um valor simbólico para quem ganhava 25 milhões de dólares apenas em salários àquela altura. Seria apenas um dos carros da marca italiana que o norte-americano compraria ao longo dos anos.