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Categoria 100% feminina abrirá corridas da Fórmula 1 no México e nos EUA

Grid da W Series terá 20 pilotos - W Series/Divulgação
Grid da W Series terá 20 pilotos Imagem: W Series/Divulgação

Colunista do UOL

16/01/2020 06h53

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A Fórmula 1 terá uma novidade na temporada em que comemora 70 anos de existência: pela primeira vez, uma competição totalmente feminina será uma das categorias de base que vão integrar a programação do evento.

Criada ano passado, a W Series será uma das corridas de abertura das etapas dos Estados Unidos, em Austin, e da Cidade do México. Ambas as corridas são realizadas em outubro e, portanto, serão as duas etapas decisivas da W Series, que tem oito provas no total.

No automobilismo, homens e mulheres podem competir juntos, mas a ideia da W Series é dar oportunidade para que mais mulheres consigam correr em carros mais competitivos para terem uma preparação maior, uma vez que um dos grandes desafios para elas é conseguir patrocínio nas categorias de base.

A iniciativa gerou críticas de mulheres que acreditam não haver necessidade de separar os gêneros, mas ao menos já serviu para uma piloto, a britânica Jamie Chadwick, que ganhou com facilidade a primeira temporada da W Series, obter mais visibilidade e se tornar piloto de desenvolvimento da equipe Williams na Fórmula 1.

Um dos diferenciais da categoria é seu processo de seleção, totalmente independente de dinheiro. Normalmente, as equipes das categorias de base cobram pelas vagas e esse dinheiro vem de patrocinadores ou até mesmo das próprias famílias dos pilotos. Na categoria feminina, as mulheres passam por uma série de testes para serem selecionadas.

A segunda temporada da W Series contará com 20 pilotos, incluindo Chadwick, que defenderá seu título, e a brasileira Bruna Tomaselli, estreante nesta temporada. Ambas têm 21 anos.

A exemplo do que ocorreu no primeiro ano, a temporada da W Series vai seguir a DTM, campeonato de turismo alemão, por seis etapas - de São Petersburgo, na Rússia, no final de maio, a Assen, nos Países Baixos, no início de setembro - além de contar com as duas corridas realizadas junto dos finais de semana da Fórmula 1 dia 24 de outubro nos Estados Unidos e dia 31 de outubro, no México.

"Estou particularmente satisfeita pelo fato da W Series agora correr fora da Europa, já que EUA e México são obviamente territórios muito importantes para nós", comemorou Catherine Bond Muir, chefe-executiva da W Series.

"Estamos felizes em dar as boas-vindas à W Series em dois eventos espetaculares do campeonato da F-1. Em apenas um ano, a categoria contribuiu significativamente para aumentar o interesse no tópico da diversidade e inclusão no automobilismo. Estamos convencidos de que nosso esporte deve oferecer oportunidades iguais para homens e mulheres competirem juntos - e não é coincidência que aumentar a diversidade no grid da F1 ao apoiar e promover pilotos talentosos vindos de origens pouco representadas é um de nossos objetivos estratégicos", completou o diretor da F-1, Ross Brawn.

A temporada da Fórmula 1 começa dia 15 de março, na Austrália, e terá um recorde de 22 corridas neste ano.