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Globo veta ginásio de Maringá e final da Superliga no domingo não tem sede

Arena Minas, em Belo Horizonte - Reprodução/Twitter
Arena Minas, em Belo Horizonte Imagem: Reprodução/Twitter

26/04/2022 16h00

A Rede Globo vai voltar a transmitir, depois de três anos, uma partida entre clubes brasileiros que não são de futebol. Mas o duelo de domingo (1) entre Sada/Cruzeiro e Fiat/Minas/Gerdau, segundo jogo da final da Superliga Masculina de Vôlei, ainda não tem um local definido. Pode ser tanto no Paraná quanto em Belo Horizonte. Mas também pode ser em outro lugar.

Dono do mando de quadra de dois jogos da melhor de três, por ter feito melhor campanha na fase de classificação, o Minas Tênis Clube escolheu deixar o Sada receber a partida que abriu a série, no sábado passado, para ter mais tempo de se organizar para seus até dois jogos como mandante.

Antes ainda de começar a Superliga, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) produziu um caderno de encargos que especifica um padrão de qualidade para a série final do torneio. E, entre as regras, está que o ginásio precisa ter capacidade para pelo menos 5 mil pessoas, o que a antes nomeada Arena Minas (agora chamada Arena UniBh) não atende. Oficialmente, cabem no ginásio do Minas 3,6 mil pessoas sentadas.

O clube, então, chegou a um acordo com a cidade de Maringá para os jogos serem no norte do Paraná, no ginásio Chico Neto, que teve a melhor média de público da Superliga quando um time do município jogava o torneio. Como o público local gosta de vôlei e a prefeitura se comprometeu a cobrir os custos da organização da partida, o Minas indicou à CBV que queria o Chico Neto em seu mando de quadra.

Mas, na semana passada, quando a CBV e a Globo vistoriaram o ginásio, a emissora identificou que o local não tinha a iluminação adequada para receber um jogo com transmissão ao vivo para todo o país no domingo de manhã. Nas condições em que está, o Chico Neto foi vetado pela Globo, que não respondeu ao contato da reportagem para comentários.

O Minas e a prefeitura de Maringá até tentam fazer adaptações na iluminação do ginásio, para atender as necessidades da Globo, mas paralelamente o clube de Belo Horizonte corre para fazer funcionar o plano B, que é receber as finais em casa. A ideia é retirar cadeiras da arquibancada superior da arena e modificar a distribuição de espaço em algumas áreas para o seu ginásio na Rua Bahia possa receber 5 mil pessoas. O problema é que isso passa também por uma aprovação dos Bombeiros.

Sendo o Minas de Belo Horizonte, seria natural que o Mineirinho fosse considerado, mas o maior ginásio do país, que já recebeu outras vezes a final da Superliga, está fechado desde 2018 e não tem a menor condição de ser usado agora. Outra opção seria que os jogos acontecessem em Betim, na Grande BH, onde já foi realizada a primeira partida da série, com mando do Sada. Mas o ginásio Divino Braga é historicamente ligado ao rival, que nasceu em Betim.

Por enquanto, o que aparece na tabela é que o jogo de domingo será às 10h em "local a definir". Como o Sada venceu o primeiro jogo por 3 a 2, o Minas precisa ganhar a segunda partida para seguir vivo e forçar o terceiro jogo, no outro domingo, também às 10h, e também com transmissão no Esporte Espetacular.

O Minas também está na final feminina, contra o Praia Clube, de Uberlândia, mas toda a série final está acontecendo em Brasília, uma vez que o mando de quadra é da CBV. A confederação negociou os jogos com o governo do Distrito Federal, que repassou R$ 752 mil à CBV para ter a série final.