Atletas de Tonga ainda não conseguiram voltar para casa após Olimpíada

Seis membros da delegação de Tonga que participaram dos Jogos Olímpicos de Tóquio, encerrados há dois meses, ainda não conseguiram voltar para casa. Se tudo der certo, eles pegam um avião para o país deles, uma ilha no Oceano Pacífico, daqui a duas semanas. Lá, ainda terão que fazer mais 21 dias de quarentena antes de poderem visitar parentes e retornar os treinamentos.

Diversas ilhas do Pacífico tomaram medidas duras para impedir a entrada e a circulação do coronavírus em seus países, o que inclui, em diversos casos, a interrupção de rotas marítimas e aéreas, e a imposição de quarentenas rígidas.

No caso de Tonga, os voos estão cancelados até março de 2022, com exceção de voos de repatriação, para cidadãos locais, absolutamente restritos. O modelo funcionou muito bem, tanto que o país, de 150 mil habitantes, não teve nenhum caso de covid até hoje, enquanto a vizinha Fiji já passou das 600 mortes e dos 50 mil casos, em uma população de cerca de 900 mil pessoas.

Após o fim das Olimpíadas, atletas de diversos países de Oceania viajaram para a Nova Zelândia, para de lá seguirem até seus países. Mas, antes, tiveram que fazer uma quarentena rígida em locais predeterminados pelo governo. Quando chegou ao fim esse período de isolamento, em 22 de agosto, os atletas de Tonga, porém, ficaram presos na Nova Zelândia.

O plano é que eles voltassem para casa em 25 de agosto, em um voo de repatriação, mas uma semana antes o governo da Nova Zelândia ampliou medidas contra a covid, por temor da variante Delta, o que incluiu a suspensão de voos. Como as regras foram estendidas, o voo de setembro também acabou cancelado.

De acordo com o jornal neozelandês Stuff, os atletas e membros de comissão técnica de Tonga passaram então a depender de acolhimento de compatriotas que vivem na Nova Zelândia. Amanaki Fakakovikaetau, chefe de missão de Tonga na Olimpíada, disse que o grupo está "de bom humor, apesar da situação atual". Segundo o dirigente disse ao Stuff, eles receberam apoio de amigos e parentes, de igrejas, de organizações comunitárias e de Rotary Clubes locais.

O voo de repatriação está programado para 20 de outubro, quando Auckland, principal cidade da Nova Zelândia, já deve estar em um nível mais baixo de restrições por causa da pandemia.