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Jaqueline Mourão vai à sétima Olimpíada e já encaminha oitava

Jaqueline Mourão vai para a sétima Olimpíada - Reprodução/Instagram
Jaqueline Mourão vai para a sétima Olimpíada Imagem: Reprodução/Instagram

31/05/2021 19h44

Jaqueline Mourão está oficialmente classificada para sua sétima Olimpíada e pode, em menos de um ano, disputar também sua oitava. Originalmente uma atleta de mountain bike, ela fez carreira no esqui cross country, mas voltou para o ciclismo há três anos e, hoje (31), foi convocada para representar o Brasil em Tóquio. Aos 45 anos, Jaque também tem tudo para ir aos Jogos de Inverno de Pequim, no começo do ano que vem.

A veterana havia abandonado o ciclismo depois dos Jogos de Pequim, quando entrou em atrito com a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), mas retornou ao esporte em meados de 2018. Investindo dinheiro no sonho de voltar a uma Olimpíada de Verão, viajou a diversas competições e entrou no ranking mundial de novo.

Apesar de ser apenas a número 123 do ranking mundial e ter conquistado um 88º e um 93º lugares nas duas etapas de Copa do Mundo deste ano, Jaqueline terminou o ranking olímpico à frente de Raiza Goulão, que foi 62ª e 74ª nessas mesmas provas. Somados, os resultados das duas e de Letícia Candido deram ao Brasil uma vaga na Olimpíada pelo ranking de países, e essa vaga ficou com Jaqueline.

Garantida em Tóquio, Jaqueline Mourão vai para sua sétima Olimpíada, a terceira de Verão (são outras quatro de Inverno), e vai seguir empatada com Robert Scheidt (já classificado na vela), provavelmente Formiga (que tem tudo para ser convocada na seleção feminina de futebol) e talvez Rodrigo Pessoa (briga por uma vaga no time de hipismo saltos, mas não é favorito).

No masculino, a pontuação de Henrique Avancini, que chegou a liderar o ranking mundial, deixou o Brasil em sexto no ranking de nações, com direito a duas vagas em Tóquio. Uma é do ciclista de Petrópolis (RJ), que não competiu bem nas etapas de Copa do Mundo, mas segue cotado para brigar por medalha na Olimpíada.

A outra ficou com Luiz Cocuzzi, que travava disputa interna com Guilherme Muller e levou a melhor ao terminar na frente do rival a Copa do Mundo disputada na República Tcheca. Tóquio será a primeira Olimpíada de Cocuzzi, enquanto Avancini já competiu na Rio-2016.