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Judoca cego que ficou na UTI é o primeiro atleta vacinado para Tóquio
O judoca paraolímpico Antonio Tenório foi o primeiro brasileiro vacinado pelo programa que vai imunizar as delegações nacionais que irão aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio, a partir de julho. Tenório não foi escolhido à toa e representa uma vitória contra a covid. O multicampeão esteve duas semanas internado com a doença e chegou a ficar na UTI.
"Momento histórico no CT Paralímpico na manhã desta sexta-feira, 14, com o início da vacinação dos atletas brasileiros que irão a Tóquio. O tetracampeão paraolímpico Antonio Tenório é o primeiro imunizado, exatamente 1 mês após recuperar-se da covid", tuitou o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado.
A vacina foi doada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), mas a doação beneficia também os paraolímpicos. Em São Paulo, o posto de vacinação para até 900 pessoas, incluindo atletas, membros de comissão técnica, jornalistas, oficiais e outros credenciados com residência no Brasil, será exatamente no CT Paraolímpico, onde a imunização começou hoje com o pessoal que treina diariamente lá.
Pouco depois começou a vacinação no Rio de Janeiro, na Escola de Educação Física do Exército. O próprio ministro da saúde, Marcelo Queiroga, aplicou as primeiras doses nos braços da maratonista aquática Ana Marcela Cunha e do remador paraolímpico Michel Pessanha. Depois, passou a responsabilidade para a equipe médica do Exército.
Também hoje, profissionais de saúde vão se dirigir até Saquarema (RJ) para vacinar os atletas das seleções masculina e feminina de vôlei — há pressa para imunizar o time feminino, principalmente, porque as jogadoras viajam para a Itália no começo da semana que vem, depois do fim de semana de folga.
O COB, em parceria com o Ministério da Saúde, o Ministério da Defesa e o CPB, pretende vacinar até 1,8 mil pessoas até terça-feira da semana que vem, dia 18. Depois, a segunda dose será aplicar dentro de 21 dias, prazo recomendado pela Pfeizer, fabricante do imunizante — no Programa Nacional de Imunizações (PNI), o governo separa as doses por três meses.
No total, 12 mil doses de vacina foram doadas pelo COI ao Brasil, sendo 4 mil da Pfeizer e 8 mil da Coronavac, mas só as da primeira marca serão utilizadas. Todas as excedentes, que não foram aplicadas nas delegações olímpica e paraolímpica, serão incorporadas ao SUS pelo PNI. Essa contrapartida, de pelo menos duas vacinas para cada uma aplicada, faz parte da oferta do COI e justifica a exceção do governo para que as delegações fossem incluídas como prioritárias no programa.
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