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Olhar Olímpico

REPORTAGEM

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Bernardinho seguirá técnico de time do Rio enquanto treina a França

12/04/2021 17h30

O técnico Bernardinho anunciou que vai manter-se como treinador da equipe Rio de Janeiro Vôlei Clube, que jogou com o nome fantasia Sesc-RJ/Flamengo na temporada passada, apesar de ter acertado para ser o técnico da seleção masculina da França a partir de agosto. Ele já acumulava os cargos enquanto era o comandante da seleção brasileira.

"A prioridade nunca deixou nem deixará de ser os projetos que já tenho em andamento por aqui, como o Sesc RJ/Flamengo e todos os demais parceiros. Acredito que essa experiência possa somar bastante em todas essas frentes, levando tudo a um ambiente global, adquirindo uma experiência internacional que possa incrementar as entregas. O objetivo com a França é 2024, mas em todos os outros projetos a expectativa é que sigam adiante. Sempre me dediquei de coração a todos os trabalhos e seguirei assim, com muita vontade de ampliar esses vínculos no Brasil por muitos outros anos", disse Bernardinho em nota à imprensa.

A França será a sede dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, e, por isso, tem vaga confirmada na competição. Os donos da casa, naturalmente, querem fazer bonito e por isso foram atrás de Bernardinho, que é dono de seis medalhas olímpicas como treinador. Seu nome já havia circulado na imprensa europeia na semana passada, ganhou força no fim de semana e foi confirmado hoje pela federação francesa.

Bernardinho só se posicionou sobre o assunto via assessoria de imprensa: ""Quando decidi não ocupar mais o cargo de técnico da seleção brasileira, depois da Rio 2016, senti um vazio. Sabia que estava deixando uma paixão, mas por uma excelente causa. Essa troca, essa oxigenação, foi muito positiva para o desenvolvimento do vôlei brasileiro. Eu não poderia ficar ocupando o posto para sempre", lembrou o treinador, que foi substituído pelo amigo Renan Dal Zotto.

"O Brasil se tornou referência mundial com os excelentes trabalhos do Zé Roberto, lá atrás com a masculina e mais recentemente com a feminina, e com tudo que desenvolvemos também nas duas seleções. Ter um convite para assumir uma seleção que disputará os Jogos Olímpicos em casa é a prova de como elevamos o nome do Brasil internacionalmente. Dirigir a França será um desafio muito grande e eu sou movido a desafios, todos sabem. Ainda tenho muitos anos pela frente fazendo o que mais gosto, que é treinar equipes e desenvolver pessoas. Eventualmente podemos enfrentar o Brasil, estarei ali trabalhando, normalmente, como muitos outros técnicos já fizeram, e em vários esportes, mas seguirei com meu coração verde e amarelo", afirmou.