Andressa de Morais é suspensa por doping, mas poderá disputar Olimpíada

A brasileira Andressa de Morais, uma das melhores atletas do mundo no lançamento do disco, foi suspensa por um ano e quatro meses por doping. A decisão foi publicada hoje (4) pela Athletics Integrity Unit (AIU) e é retroativa a 6 de agosto de 2019. Assim, ela está liberada para competir a partir de domingo (6), quando começa a temporada 2021 do atletismo, com a disputa do Grande Prêmio Brasil, em São Paulo. Ela já aparece inscrita na prova.

A atleta do Esporte Clube Pinheiros testou positivo para SARM, mais especificamente o S22, durante os Jogos Pan-Americanos do ano passado. Os moduladores seletivos do receptor de androgênio, mais conhecidos pela sigla em inglês, facilitam a ligação dos androgênios (hormônios) com seus receptores, aumentando a ação desses. Isso faz com que a ação da testosterona seja mais efetiva, ajudando os atletas a ganharem músculos.

Andressa foi suspensa provisoriamente em setembro do ano passado e aguardava julgamento. Ela bateu o recorde sul-americano do disco no Pan, no dia 14 de agosto de 2019, com um lançamento de 65,98m, que agora está revogado, uma vez que a decisão é retroativa a 6 de agosto. Ela liderou a prova até o último arremesso, quando a cubana Yaimé Téllez fez 66,58m e deixou a brasileira com a prata.

Como o resultado foi retirado, a prata será herdada pela também brasileira Fernanda Borges, que terminou em terceiro. O bronze fica com a cubana Denia Caballero, o que tira do Brasil um bronze no Pan. Quando foi suspensa, Andressa era a sexta colocada do ranking mundial do disco e, com o resultado de Lima, teria sido bronze na Olimpíada do Rio.