Estrela olímpica compara obrigação de usar máscara a "escravidão pacífica"

A maior jogadora de vôlei de praia de todos os tempos vem causando polêmica por uma postagem condenando a obrigação de se usar máscaras em locais públicos durante a pandemia. A norte-americana Kerri Walsh, tricampeã olímpica, foi além e comparou essa obrigação à escravidão.

Walsh, que está com 42 anos e se notabilizou por parar a carreira três vezes para ter filhos e seguir sendo a melhor do mundo, fez a postagem polêmica no domingo no Instagram. Ali, escreveu que não usava máscara para ir ao supermercado e definiu seu ato como "um pequeno exercício de coragem".

"Esta obrigação (de usar máscara) me acordou e me deixou obcecada com a questão de como posso, de forma consciente e compassiva, defender meus direitos e as liberdades que nossa Constituição concedeu a todos nós, sem ser imprudente ou colocar ninguém em perigo. Estamos todos reclamando incessantemente sobre as regras restritivas e arbitrariamente seletivas que estamos sendo fortemente sugeridos a seguir e, ainda assim, estamos todos consentindo", escreveu.

A jogadora ainda continuou, nos comentários, afirmando: "Não quero ser compelida a fazer coisas nas quais não acredito porque faz com que os outros se sintam melhor" e que "o sistema imunológico foi projetado para apoiá-lo em qualquer doença".

Ela terminou a postagem citando o ex-presidente norte-americano Thomas Jefferson, famoso abolicionista. "Prefiro uma liberdade perigosa do que uma escravidão pacífica", escreveu, numa comparação entre o uso de máscaras para evitar a propagação de uma doença com alta letalidade e a escravidão de milhares de negros africanos.

O post rendeu milhares de comentários, a maioria negativos. A ex-jogadora de vôlei de praia Jennifer Kessy comentou: "Eu não posso acreditar quão egoísta esse post inteiro é". Já uma irmã de Walsh escreveu que a tricampeã olímpica é "melhor do que isso". Na segunda, Walsh respondeu com um novo post, dizendo que não fez nada além de "expressar minha crença de que vale a pena lutar pela liberdade".

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