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CBV chama times da segunda divisão para completar Superliga

Lançamento da Superliga Feminina 2019/2020 - Gaspar Nóbrega / Inovafoto / CBV
Lançamento da Superliga Feminina 2019/2020 Imagem: Gaspar Nóbrega / Inovafoto / CBV

15/07/2020 18h18

Onze clubes no masculino e outros 11 no feminino participaram, nesta quarta-feira (15), de reuniões com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para organização da próxima edição da Superliga. Todas as equipes interessadas tinham até hoje para apresentar toda a documentação necessária, o que Taubaté e Montes Claros, no masculino, não teriam conseguido cumprir. Por regulamento, ambos têm mais cinco dias para tanto, desde que paguem uma multa de R$ 5 mil. No dia 23 vence o prazo para os clubes pagarem a inscrição e se garantirem no torneio.

Mas a crise financeira atingiu em cheio o vôlei brasileiro, que está perdendo diariamente atletas para o exterior. Poucos clubes se movimentaram para fazer contratações. Como usual, os dois últimos colocados da temporada passada foram rebaixados e os dois primeiros da Superliga B promovidos. A regra foi mantida mesmo com os campeonatos não tendo terminado, porque as classificações foram mantidas.

No feminino caíram Valinhos e São Caetano e subiram Brasília e Itajaí. Mas Itajaí, que não pagou salários durante toda a temporada, declinou da vaga. Valinhos também não quis e São Caetano, mesmo depois de perder o patrocínio da São Cristóvão Saúde, topou. Mas nova vaga foi aberta com a desistência do Flamengo, que se fundiu ao Sesc-RJ - a parceria será oficializada na sexta, mas já ficou claro que o clube inscrito continuará a ser o Rio de Janeiro.

Para essa nova vaga, a CBV convidou o Bradesco, time de Osasco (que nada tem a ver com o supercampeão Audax/Osasco) que é um dos principais formadores do país. Mas o Bradesco, terceiro na Superliga B, também declinou. O convite então passou ao time de São José dos Pinhais, do Paraná, que tem até sexta para apresentar documentação.

Com isso, a Superliga Feminina teria os 12 times previstos. Mas empecilhos. Diversas jogadoras reclamam que não receberam do Curitiba, que mesmo assim teria apresentado uma carta atestando que quitou todas as dívidas trabalhistas da temporada passada. A dúvida é se a CBV vai aceitar tal documento. Recentemente, atletas fizeram uma campanha online exigindo que a confederação leve a sério a regra de fair play.

No masculino, Taubaté e Montes Claros (que jogou a última Superliga como América-MG) não têm esse documento. O Taubaté liderava o torneio quando a Superliga foi paralisada e acertou a contratação do levantador Bruninho para a próxima edição. Uma eventual punição tirando a equipe da próxima temporada teria grandes repercussões.

Sem o Sesc-RJ, que já havia anunciado que não seguiria com seu time masculino, e o Maringá, de Ricardinho, que decidiu não continuar penando para manter o time, a CBV convidou os dois últimos colocados da Superliga passada, Caramuru Vôlei (de Ponta Grossa) e Montes Claros (América), que aceitaram. O novo Vedacit/Guarulhos, que subiu da Superliga B com dinheiro para uma boa campanha, confirmou presença. O Uberlândia, segundo do acesso, também, mas não participou da reunião.

Não há certeza, porém, sobre o futuro da equipe de Ribeirão Preto, que pertence ao campeão olímpico Lipe e está sem patrocinador. A confirmação precisa vir até quinta-feira da semana que vem. Os próximos da lista para serem convidados, caso Ribeirão, Montes Claros ou Taubaté não participem, são o Anápolis (GO) Brasília, e Juiz de Fora (MG).

Desde 2012/2013 a Superliga Feminina não tem menos do que 12 participantes, número estabelecido na temporada 2015/2016, após um máximo de 14. No masculino são 12 equipes por temporada desde a criação da Superliga B, em 2011. Antes, até 17 times chegaram a jogar a temporada 2009/2010.