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Olhar Olímpico

Crise do vôlei faz mais uma vítima e Sesc decide encerrar time de Giovane

Giovane Gávio - Divulgação
Giovane Gávio Imagem: Divulgação

21/02/2020 10h30

A crise que atinge os clubes de vôlei brasileiros, especialmente os masculinos, fez mais uma vítima. Na noite de ontem (20), o Sesc do Rio de Janeiro infirmou que irá fechar o time masculino que disputa a Superliga e que é treinado pelo campeão olímpico Giovane Gávio. A equipe feminina, porém, será mantida.

Seguindo o exemplo do Sesi de São Paulo, o Sesc chegou ao vôlei em 2016, quando passou a co-patrocinar o vitorioso time de Bernardinho, então mantido pela Unilever. A multinacional abandonou o projeto ao fim daquela temporada e o Sesc decidiu assumir sozinho a equipe, que passou a se chamar Sesc-RJ na temporada 2017/2018.

Montado do zero, o time masculino jogou uma espécie de terceira divisão em 2016, a segunda em 2017 e estreou na Superliga em 2017/2018 já com um histórico terceiro lugar, apesar do investimento mais modesto do que no feminino. Na temporada passada a equipe de Giovani chegou de novo às semifinais. Hoje, após 18 jogos na fase de classificação da atual temporada, ocupa o terceiro lugar.

Os bons resultados não foram suficientes, porém, para o Sesc decidir manter o projeto. "Ao desejar sorte aos jogadores e comissão técnica, a instituição agradece o empenho e dedicação de todos na defesa dos valores do Sesc RJ, tanto dentro, como fora de quadra", disse a entidade dos comerciários, em nota, explicando que Giovane segue na instituição "com o objetivo de dedicar esforços ao esporte de cunho socioeducativo".

O Sesc teve problemas na atual temporada devido à crise na gestão do legado olímpico. A instituição se irritou com a prefeitura pelo longo período que precisou ficar sem utilizar a Arena Carioca 3, onde treinava, e deixou o local. A Arena tinha também uma espécie de unidade do Sesc, que também foi fechada.

A situação de diversos clubes masculinos de vôlei é complicada. O América Vôlei perdeu boa parte do elenco por não pagar salários, assim como acontece com o Maringá, de Ricardinho, que não paga salários desde novembro, e o Ponta Grossa. O Botafogo, do Rio, desistiu de disputar a competição exatamente por não ter como arcar com salários. Até o vice-líder Taubaté está passando por sérias dificuldades.