Charles do Bronx não era o plano A para o UFC 317, mas pouco importa

Nem sempre os caminhos mais improváveis deixam de levar aos grandes palcos. E esse parece ser o caso de Charles do Bronx, que foi oficialmente escalado para disputar o cinturão vago dos pesos-leves contra Ilia Topuria no UFC 317, dia 28 de junho, em Las Vegas. A decisão animou os fãs brasileiros - com razão -, mas é curioso observar como essa luta só se tornou realidade por uma combinação inusitada de fatores.
O plano inicial da organização era outro. A ideia era ter Dricus Du Plessis contra Khamzat Chimaev na luta principal do evento, com o título dos pesos-médios em jogo. Mas o sul-africano se machucou, e o confronto caiu. A segunda opção, ao que tudo indica, envolvia Alex Poatan contra Magomed Ankalaev, pelo cinturão dos meio-pesados. No entanto, o brasileiro teria recusado o convite, o que pode explicar o post enigmático de Poatan nas redes sociais - ele mais tarde alegou ter tido sua conta hackeada.
Nesse vai-e-vem de planos frustrados, outro fator determinante entrou em cena: a derrota de Belal Muhammad no UFC 315. Amigo e parceiro de treinos de Islam Makhachev, Belal segurava uma peça-chave nesse tabuleiro. Com a derrota, abriu-se o caminho para que Makhachev subisse de categoria e deixasse vago o título dos leves - abrindo espaço para Charles.
Juntando todos esses acontecimentos, o UFC precisou se reinventar. E Charles, que até então não era o favorito para liderar o card do UFC 317, herdou a oportunidade. Não foi o plano A, nem o B, mas foi o nome certo na hora certa. E no fim das contas, pouco importa como a luta surgiu. O que interessa é que Charles do Bronx está de volta, com chance real de retomar o cinturão e escrever um novo capítulo em sua trajetória no UFC.
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