Milton Neves

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Opinião

Já está acabando o gás dos brasileiros no Mundial?

Na reta final da fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes 2025, a empolgação inicial deu lugar à preocupação.

Se nas primeiras rodadas os clubes brasileiros haviam encantado com atuações dominantes e vitórias sonoras sobre os gigantes europeus, agora o cenário é bem mais turbulento.

O Botafogo, que havia calado o mundo ao vencer o PSG, entrou em campo contra o Atlético de Madrid com status de sensação do torneio.

Mas foi dominado pelos espanhóis, que jogaram com a seriedade de quem estuda o inimigo antes de agir.

Derrota por 1 a 0 e vaga assegurada com muito mais sofrimento do que se imaginava.

O Palmeiras passou por algo ainda mais assustador.

Contra o Inter Miami, o Verdão foi dominado durante quase toda a partida.

Perdia por 2 a 0 e, por alguns minutos, chegou a flertar com a eliminação precoce.

Só salvou a pele graças ao talento de Paulinho e Maurício, que buscaram o empate nos minutos finais.

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Um alívio?

Sem dúvida.

Mas também um baita sinal de alerta.

O futebol brasileiro, que nas primeiras rodadas havia feito o mundo perguntar se a Champions League era mesmo esse colosso todo, agora reencontra seus fantasmas: a oscilação, um pouco de soberba e a queda de intensidade.

O jogo deu uma virada.

Se antes os rivais olhavam com desconfiança, agora enfrentam os brasileiros com gana de quem quer derrubar os novos favoritos da competição.

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E é aí que mora o perigo.

Quando você vira o time a ser batido, não basta ter camisa pesada ou talento individual.

É preciso manter o foco, a disciplina tática e a fome de vitória.

O Flamengo, por enquanto, é o único a atravessar essa fase com tranquilidade.

Já garantido nas oitavas, pode até se dar ao luxo de dosar forças hoje contra o Los Angeles.

Mas Palmeiras, Botafogo e Fluminense (que ainda tem um jogo complicado pela frente) precisam entender que a Copa do Mundo de Clubes é traiçoeira.

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Portanto, passou da hora de deixar para trás toda aquela empolgação do início do torneio.

As campanhas brasileiras ainda podem terminar de forma histórica, mas só se cada passo for dado com pés no chão.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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