Milton Neves

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Opinião

Temos motivos para comemorar o afastamento de Ednaldo da CBF?

Enaldo Rodrigues, o cartola com menos carisma da história da bola, estava vivendo talvez o seu melhor momento na presidência da CBF.

Tinha acabado de realizar o seu sonho, que era contratar Carlo Ancelotti para a seleção, e vivia a expectativa de o ótimo técnico italiano o consagrar no comando da entidade máxima de nosso futebol.

Mas ontem ele acabou levanto o tiro de misericórdia: foi afastado do cargo pela Justiça do Rio de Janeiro por uma assinatura supostamente falsa de um dos vice-presidentes da entidade, o Coronel Nunes, em um acordo que dava poder ao baiano.

Um motivo aparentemente pequeno, que só culminou em sua queda pelo fato de Ednaldo estar completamente sem apoio principalmente da opinião pública.

Se gozasse de prestígio com os brasileiros, sinto que este processo não teria ido para frente.

Mal comparando, foi mais ou menos como a queda de Dilma Rousseff, quando encontraram as tais pedaladas e o Congresso votou em peso por seu impeachment por saber que o povão apoiaria a decisão.

Agora, a pergunta que fica é: o que muda na entidade com a queda do dirigente baiano?

Não muda absolutamente nada!

O podre sistema ainda é o mesmo e o cartola que herdar o cargo não fará nada muito diferente do baiano para melhorar algo no nosso futebol.

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Afinal de contas, o esporte bretão no Brasil já teve mais credibilidade, mas nunca rendeu tanto dinheiro a clubes, federações e, claro, a empresários da bola como hoje em dia.

Logo não é interessante para ninguém de lá de dentro que aconteça uma revolução na entidade.

Tanto é verdade que, dos últimos sete mandatos, a CBF tem simplesmente cinco presidentes presos ou afastados.

Como dizem por aí, as moscas até que podem mudar, mas o "conteúdo" seguirá sendo o mesmo por um bom tempo.

Pobre futebol brasileiro...

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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