Vinda de Ancelotti prova que nossa maltratada seleção ainda é gigante

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Não foi pouco o esforço que fizeram nos últimos anos para apequenar a seleção brasileira - e o nosso futebol como um todo.
Claro que a ausência de grandes resultados também se deve ao fato de, há tempos, nosso futebol não ter conseguido colher uma safra de jogadores que pudessem fazer uma seleção equilibrada.
Mas é evidente que o fator mais determinante foi a extrema bagunça que a direção da CBF se tornou nas últimas décadas.
Presidentes afastados, presos ou que vão se mantendo no cargo fazendo as nossas federações reféns de suas políticas.
Por isso, de verdade, me pegou de surpresa Carlo Ancelotti, para mim o melhor técnico do mundo ao lado de Pep Guardiola, ter aceitado o enorme desafio que é dirigir este gigante adormecido.
Afinal, ele está colocando toda a sua credibilidade em jogo para assumir um cargo em uma entidade que hoje exala desconfiança.
E isso certamente se deve ao fato de o mundo ainda enxergar o escrete canarinho como um dos mais importantes do mundo - se não o mais -, apesar de tudo que já relatei acima.
A chegada de Ancelotti é, portanto, um sopro de esperança em meio ao caos.
Um sinal de que, mesmo maltratada, desorganizada e distante das glórias recentes, a seleção brasileira ainda carrega um peso simbólico que poucas no planeta têm.
Que a competência do italiano sirva não apenas para reorganizar o futebol dentro de campo, mas também para inspirar mudanças fora dele.
Pois esta pesada camisa por si só não ganha mais jogo, mas quando vestida com talento, seriedade e respeito pela história, ela ainda pode meter muito medo!
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