A seleção brasileira virou turfe
Sou do tempo em que Feola, Aymoré, Saldanha e Zagallo paravam o país quando anunciavam a convocação da Seleção Brasileira.
E até para simples amistosos contra Bulgária, Alemanha Oriental ou Romênia.
Sempre no Maracanã com 200 mil pessoas presentes!!!
A apaixonante seleção era uma instituição nacional, orgulho brasileiro!
Torcedores paulistas e cariocas brigavam por seus times e contabilizavam quem teve ou tinha mais jogador convocado.
O Santos sempre goleava.
Depois vinha o Botafogo.
Jogador "de fora" do país "Rio-São Paulo" era vetado.
Uma imbecilidade!
Tostão e Alcindo em 1966 foram zebras e quebraram o tabu.
Por isso, craques, craques mesmo, do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Nordeste procuravam vagas até na Portuguesa, Bangu e América quando não dava para ingressar em qualquer um dos oito poderosos de Rio e São Paulo.
E dava, naquelas décadas, para o Brasil formar quatro ou cinco seleções de alto nível, pregavam Jorge Cury, João Saldanha, Mauro Pinheiro, Fiori Gigliotti, Mário Moraes (a opinião maior da história), Pedro Luiz, Rui Porto e Geraldo Bretas.
E hoje?
"Qualquer um" joga na seleção.
Não precisa mais ser paulista ou carioca.
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OLHAR APURADO
Uma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do UOL sobre os principais assuntos do noticiário.
Quero receberSer "estrangeiro" em times irrelevantes Europa parece ser quesito indispensáveis para vestir a outrora invejada "camisa canarinha".
E claro que isso não é culpa dos técnicos que passaram pela CBF nos últimos tempos.
Eles não tinham ou têm outras opções!
João Gomes, Bruno Guimarães, Paquetá, André, João Pedro, Wendell, Fabrício Bruno...
Todos de notas que oscilam de 4.21 a 5.07, no máximo.
E os bons de verdade, como Vini, Endrick e Rodrygo acabam "passando fome" no ataque que não é municiado pelo nosso nada criativo meio campo.
Assim não dá!
Dará para ir para a Copa de 2026, como seleção coadjuvante que hoje somos.
Uma seleção normal, cumpridora de tabela e... triste!
Como triste virou o turfe no Brasil.
Hoje vivendo só de minguados românticos, abnegados, fanáticos, saudosistas e viciados pelas sumidas corridas das quatro patas.
Que em nosso futebol, a competição das duas pernas, não cheguemos a tanto.
Mas a situação nunca foi tão preocupante!
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