Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Derrota do Brasil em 1982 passa longe de ser maior injustiça das Copas!
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Existem no esporte brasileiro certos times ou pessoas que parecem blindados de toda e qualquer crítica.
Por exemplo, anos atrás, escrevi aqui que considero Senna um dos grandes heróis do esporte nacional.
Mas que, para mim, Nelson Piquet - NAS PISTAS, E NÃO COM O MICROFONE DANDO ENTREVISTAS RIDÍCULAS - foi melhor do que ele.
Puxa, parecia que eu tinha ofendido as mães de muitos internautas, extremamente revoltados nos comentários.
E hoje vou dar mais uma opinião impopular sobre outro "queridinho" dos amantes do esporte de nosso país: o Brasil de 1982, que era eliminado pela Itália de Paolo Rossi exatamente 40 anos atrás.
Bom, primeiramente eu gosto sempre de frisar que seleção boa é a que ganha Copa.
Não adianta nada jogar bonito, encantar a todos e voltar do Mundial com as mãos abanando.
Por isso, para mim, o escrete canarinho de 1994 vale muito mais do que o selecionado de 1982, que não chegou nem às semifinais da Copa da Espanha.
Bem, e eu não concordo com um comentário muito comum que corre por aí de que a derrota da seleção para a Itália no Sarriá foi "a maior injustiça da história do futebol".
Ora, pois saibam que não foi nem a maior da história das Copas.
Sim, porque a maior injustiça da história dos Mundiais foi a Holanda de 1974, que chegou à final e, por puro azar, deixou a taça escapar para o frio time da Alemanha.
A segunda maior foi a Hungria de 1954.
Aquele time, liderado por Puskás e recheado de craques, era uma máquina que começava as partidas de forma avassaladora, mas que depois "dormia no ponto" e dava brechas para seu adversário virar, como quase aconteceu diante do Uruguai, na semifinal, e como aconteceu na decisão, contra a Alemanha Ocidental.
Fechando o "pódio das injustiças", cito o Brasil de 1950, com Uruguai levando a Copa na maior zebra da história.
Uma zebra que atormentou Barbosa, sem culpa alguma, pelo resto de sua vida...
Aí, sim, na sequência, podemos colocar o Brasil de 1982 no quarto lugar dos maiores injustiçados da história das Copas.
E não estou querendo com isso tudo, é claro, desmerecer o trabalho de Telê e cia.
Mas é que vejo certo exagero em muitas análises sobre o Brasil naquele Mundial.
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