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Milton: O triste fim de Luiz Felipe Scolari
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Ele foi por muitos anos considerado, ao lado do também excelente Luxemburgo, o melhor técnico brasileiro.
E, depois da Copa de 2002, passou a ser também um dos maiores treinadores do mundo.
Fez grandes campanhas com a até então frágil seleção portuguesa, comandou o poderoso Chelsea, ganhou muito dinheiro no Uzbequistão...
Mas, desde que voltou ao Brasil, o seu imponente nome construído no Grêmio, no Cruzeiro, no Palmeiras, na seleção brasileira e na seleção portuguesa começou a se apequenar.
Primeiro, com o rebaixamento do Verdão em 2012.
Depois, com o fato mais marcante de sua trajetória, que apagou em 87,7% a sua glória em 2002: os inesquecíveis 7 a 1 para a Alemanha, na Copa de 2014.
O certo mesmo, até honroso, teria sido jogar a toalha naquele duro momento.
Mas Scolari insistiu na carreira de técnico e, de 2014 para cá, seguiu colecionando fracassos.
Conseguiu ainda ganhar um Brasileiro com o Palmeiras, que tinha o melhor elenco do Brasil naquele momento (e disparado).
Mas, fora isso, foi mal na China, manteve o Cruzeiro na Série B e, agora, aparentemente, está mandando o Grêmio de volta à segundona.
Por isso, o Tricolor gaúcho, com umas 10 rodadas de atraso, decidiu pela demissão do veterano técnico.
Gosto muito, de verdade, de Felipão.
Não queria vê-lo encerrando a sua carreira desta forma.
Mas, como dizem por aí, sábio é saber a hora de parar.
Ele não soube.
Por isso, assistimos neste momento com enorme dor no coração o triste fim da carreira de Luiz Felipe Scolari.
Uma pena, e que seja feliz agora cuidando de sua linda família e de todo patrimônio acumulado nesses tantos anos de carreira.
Pois, apesar de ser um sujeito chucro, às vezes até grosseiro, Felipão tem um coração enorme e merece ser feliz nos demais segmentos de sua vida.
No futebol, claramente, não dá mais.
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