Milly Lacombe

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OpiniãoEsporte

Abel Ferreira deixa em palavras o seu maior legado para o Palmeiras

Meu amigo Edson Rossi, palmeirense acima de todas as coisas, me disse há alguns anos: Abel vai ensinar a gente a torcer. Na época, esse legado ainda não estava tão evidente, mas Edson já tinha sacado tudo. Na coletiva depois da vitória sobre o Juventude, no sábado 11 de outubro, Abel, em sua versão calma e sorridente, disse: "sabe, quando as coisas estão bem eu não preciso ver o 'todos somos um'. A onda leva, Não é aí que preciso da nossa torcida ou da Mancha Verde. Entendem? Não é aí que precisamos deles. Precisamos deles nos momentos difíceis. Como quando perdemos do Corinthians".

Pá-pum. Sem rodeios. Sem arrogância. Falando pausadamente.

Abel está coberto de razão. Quando time e comissão mais precisaram, a torcida vaiou, cobrou, xingou. Me desculpem os que acham que no futebol só a vitória importa. Essa não sou eu. Ganhar é bom, obviamente, mas tem mais coisas envolvidas nesse jogo que a gente ama. Não fosse assim, não nos entregaríamos a ele nesses termos amalucados.

Seria preciso confiar naqueles que já indicaram que são confiáveis. Retribuir o que já foi feito. Acreditar no processo. O palmeirense é exigente e talvez esteja sendo, como antecipou meu amigo há alguns anos, reeducado por seu treinador mais vitorioso. Seria um legado imenso. Eu ousaria dizer que esse seria, inclusive, o maior legado que Abel poderia deixar para as próximas gerações de palmeirenses.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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